Economia
Indicador da construção civil sobe 0,27% em abril
Segundo o IBGE, Sinapi acumula variação de 8,05% no período de 12 meses
Em sinergia com o atual viés inflacionário da economia brasileira, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) avançou 0,07 ponto percentual, ao aumentar de 0,20%, em março, para 0,27% em abril último, divulgou, nesta sexta-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o avanço, o indicador acumula variação de 8,05% nos últimos 12 meses, no mês passado, ante os 9,06% contabilizados, pelo mesmo período, em março. Em abril de 2022, o Sinapi variou 1,21%. Já o custo nacional da construção igualmente subiu, de R$ 1.689,13 para R$ 1.693,67, no mesmo comparativo mensal. Deste montante, R$ 1.006,82 correspondem a materiais e os R$ 686,85, à mão de obra.
Embora apresente tendência de estabilidade desde outubro do ano passado, o item ‘materiais’ também aumentou 0,35 p.p., ao passar de 0,07% para 0,42%, no comparativo mensal da pesquisa. Ante abril de 2022, porém, houve recuo de 1,44 p.p..
Na avaliação do gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, “os materiais não estão registrando altas tão grandes quanto às de 2020 e 2021 e, com isso, os indicadores acumulados estão ficando em patamares mais próximos aos anos pré-pandemia”, explica o gerente da pesquisa, ao acrescentar que “alguns itens da parcela de materiais vêm apresentando reajustes menores e outros até tiveram deflação em alguns estados, como é o caso do aço”. No ano, o item acumula alta de 0,56% e de 6,60% em 12 meses.
No caso específico da mão de obra, houve pequena queda de 0,35 p.p., com a redução de 0,40% para 0,35%, de março para abril. Ante abril de 2022 (0,24%), a queda foi de 0,19 p.p. Com o resultado do mês passado, a mão de obra teve variação positiva de 1,30% no ano e de 10,21% em 12 meses.
Por regiões, a Nordeste foi a que apresentou maior variação (0,52%), em decorrência da maior participação dos materiais no resultado geral, além da contribuição de reajustes em categorias profissionais em Sergipe, que subiu 2,33%. As demais variações ficaram assim: Sul (0,47%); Sudeste (0,12%); Norte (0,07%) e Centro-Oeste (0,03%).
Produção conjunta do IBGE e Caixa Econômica Federal (CEF), o Sinapi visa apresentar séries mensais de custos para o setor de habitação, além de permitir a produção de séries mensais de médias salariais de mão de obra e de preços de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção civil, voltados aos setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
Além disso, as estatísticas do Sinapi servem de base à programação de investimentos pelo setor público. Enquanto seus preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, por meio dos índices obtidos, é possível atualizar os valores das despesas nos contratos e orçamentos.
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