Economia
Índice de Confiança Empresarial sobe de 89,2 pontos para 91,4 pontos em março
Recuo do pessimismo e expectativa positiva no futuro imediato ‘turbinam’ indicador da FGV
A receita composta pela redução do pessimismo, com melhoria de expectativa em relação ao segundo semestre deste ano é apontada como o fator determinante da alta de 2,2 pontos (de 89,2 pontos para 91,4 pontos) do Índice de Confiança Empresarial (ICEI) de março, ante fevereiro, revelou a Fundação Getúlio Vargas, segundo a qual, pelo critério de médias móveis, o avanço foi bem mais modesto, de 0,2 ponto, embora este suceda cinco meses consecutivos de queda.
Em nota oficial, o superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) Aloisio Campelo Júnior, explica que “as sondagens empresariais do FGV Ibre retratam um cenário ainda fraco de atividade econômica ao final do primeiro trimestre de 2023 para os segmentos cíclicos da economia, associado a uma melhora das expectativas, especialmente nos quesitos com horizonte de seis meses”.
Para ele, o cenário atual mostra que, “a despeito do aumento da incerteza econômica em março [em grande parte relacionado ao risco de crise bancária nos EUA e na Europa] há redução do pessimismo das empresas brasileiras em relação ao segundo semestre do ano”, acrescentando que, nesse sentido, “se destaca a indústria, primeiro setor a registrar desaceleração no ano passado, e que agora passa a apresentar expectativas mais favoráveis no horizonte de seis meses além de um maior ímpeto para contratações”.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E), por sua vez, ascendeu a 90,9 pontos em março último, ao passo que o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 5,1 pontos, para 93,0 pontos. “Com o resultado, o IE-E supera o ISA-E pela primeira vez desde março de 2022”, ressaltou a Fundação.
Na passagem de fevereiro para março, a confiança dos serviços (ICS) subiu 2,6 pontos, para 91,7 pontos, enquanto a do comércio cresceu 1,1 ponto, para 86,9 pontos. Já a confiança da indústria cresceu 2,4 pontos, para 94,4 pontos, ao passo que a construção ficou estável em 94,4 pontos. No cômputo total, a confiança cresceu em 61% dos 49 segmentos do ICEI.
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