Índices da B3 (B3SA3) despontam como ‘grande atração’ de investimentos em 2023

Será que chegou o ‘momento de ouro’ dos indicadores da renda variável? Se depender da performance dos índices da B3 (B3SA3), neste início do ano, a resposta é retumbante sim.

Levantamento elaborado pelo Valor Data aponta que, dos 26 índices que integram a bolsa brasileira, pelo menos 22 fecharam janeiro último no positivo, dos quais 12 superaram a valorização do Ibovespa (+3,37%) e 19 deixaram para trás a variação do CDI (Certificado de Depósitos Interbancários) – títulos emitidos pelos bancos como forma de captação ou aplicação de recursos excedentes – cujo rendimento em janeiro último não passou de 1,12% no mês.

Para melhor entendimento, explica-se que o CDI possui variação muito próxima da Selic, além de ser usado como indexador para diversos investimentos de renda fixa, para os quais ele se torna mais atrativo quando varia acima de produtos de renda variável, haja vista a segurança que oferece.

A façanha ganha maior importância, levando em conta que o Banco Central (BC), por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta semana, decidiu manter em 13,75% ao ano a taxa básica de juros (Selic), que deverá continuar ‘imexível’ por longo tempo, o que, a princípio, beneficiaria a ‘concorrente’ renda fixa.

O quadro atual é bem distinto de igual período de 2022, quando somente 14 índices encerraram o ano passado em alta, dos quais somente um deles superou o CDI.

Na avaliação de especialistas, mesmo que seja ‘natural’ o clima de otimismo, a recomendação para o investidor é no sentido de este agir com ‘parcimônia’.

Em contrapartida, o estudo do Valor Data ressalta que quatro índices fecharam no ‘vermelho’ mês passado. São eles o AGFS (que reúne empresas do setor agro); o IEEX (de ações do setor de energia elétrica), o IFIL e o IFIX (ambos de fundos imobiliários).