Inflação aumenta após 17 semanas estáveis. Entenda o porquê

Devido à previsão dos analistas para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, o mercado financeiro fez um reajuste. De acordo com o Boletim Focus, o IPCA deve encerrar este ano a 5,61%.

O valor não apresentava aumento há 17 semanas, e a previsão de aumento era 0,001% menor que a apresentada nesta segunda-feira (31). Porém, há um mês a expectativa era de que a inflação acabasse terminando em 5,74%.

Quando o assunto é crescimento do Brasil, o Banco Central prevê uma estabilidade, totalizando para 2022 um crescimento de 2,76%. Já o mercado financeiro prevê estabilidade para 2023, encerrando o ano com 0,64%.

A previsão é de que até 2025 o crescimento chegue a 2%, caso as previsões também apresentem estabilidade, chegando a 1,80% em 2024.

Para o dólar, o mercado financeiro prevê o encerramento do ano com o valor de R$ 5,20, caindo para R$ 5,10 até 2024. Quem também deve manter estabilidade é a taxa Selic, que está em 13,75%. Esse valor deve se manter até a metade do próximo ano, quando cairá para 11,25%, de acordo com as previsões.

Outra taxa que não deve mudar por enquanto é a taxa básica de juros para 2024, que de acordo com as previsões deve se manter em 8% até o encerramento do ano.

Estas previsões foram apuradas pelo Banco Central na semana anterior às eleições, e talvez tenham alguma mudança após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente do país.

Com a troca de governo, o mercado financeiro pode reagir de forma diferente do esperado há uma semana. O que se sabe até agora, pouco tempo após o resultado do segundo turno, é que algumas ações na Bolsa de Valores apresentaram queda, como a Petrobras, a Vale e a Companhia Siderúrgica Nacional.

Ainda se espera um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro para entender como o governo pretende levar o restante do mandato, para uma previsão mais assertiva acerca do encerramento do ano.

Para os próximos anos, tudo dependerá de como estará o teto de gastos e como o novo governo se portará diante da economia, dando ou não confiança aos investidores, que ainda estão inseguros com a instabilidade da situação.