Bancos
Inflação e risco político forçam alta mais rápida da Selic
Estimativa do mercado é de que Copom aumente taxa em 1,25 ponto percentual
Se depender da evolução dos indicadores futuros e do presente (inflação, risco fiscal e tensão político-institucional), na avaliação de economistas e especialistas, o Banco Central (BC) deverá apressar o ritmo de elevação da taxa básica de juros (Selic), cujo aumento poderá alcançar 1,25 ponto percentual – acima da previsão, de apenas um ponto percentual – na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Dessa forma, para o mercado, a taxa subiria dos atuais 5,25% ao ano para 6,5% ao ano.
Inflação pesa – Reforça essa expectativa o fato de o IBGE ter registrado, em agosto último, o maior patamar de IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês em 21 anos, acumulando inflação próxima de 10% em 12 meses. Para o fim deste ano, a mediana das estimativas para a Selic, segundo pesquisa Focus do BC, é de 7,625%, que podem chegar a 8,5% ao ano, segundo avaliações mais pessimistas
Futuros sobem – Também contribuem para a tendência de maior celeridade nas altas da Selic a curva de juros futuros do mercado financeiro, que mostra um salto na taxa de um ano, de 8,575% na quarta (8) para 9,175%, ontem (9). A taxa de 30 dias subiu de 5,992% para 6,141%. A previsão para cinco anos passou de 10,54% para 10,74% ao ano.
Estímulo fiscal – Instituição financeira global, o banco Goldman Sachs, admite que a Selic poderá subir acima de um ponto percentual, na próxima reunião do Copom, cuja decisão leva em conta, entre outros fatores, a necessidade de estímulo fiscal adicional à economia nacional e de maiores prêmios devido ao aumento do risco político.
Saindo do neutro – Dessa forma, o BC anteciparia a saída dos juros do patamar neutro. Em relatório recente, o banco internacional entende ser “necessária uma maior normalização da política monetária, com uma trajetória antecipada em direção a uma postura de política restritiva”.
Aumento replicado – Quem também aposta na aceleração da taxa é o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, que já projetava alta de 1,25 ponto percentual, antes mesmo de ser conhecida a inflação medida pelo IPCA de agosto. Segundo ele, o aumento deverá ser replicado na reunião de outubro, acrescido de nova alta de 0,75 ponto percentual em dezembro próximo. Por esse cálculo, a Selic atingiria 8,5% ao ano, no final de 2021.
Decisão dura – Embora conservador nos prognósticos de aumento da Selic – de 1 ponto percentual – na próxima reunião do Copom, o economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso, também não exclui a possibilidade de aumento maior. Segundo ele, “a deterioração das expectativas para o horizonte relevante de política monetária aumenta a probabilidade de que o Banco Central tenha que ser ainda mais duro em suas próximas decisões e comunicações”. Sua projeção é de uma taxa Selic de 8% ao ano, ao final de 2021.

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