Inflação nos EUA indica Fed “atrás da curva”, diz Genial

A inflação nos Estados Unidos (EUA) indica UM Federal Reserve (Fed) “atrás da curva”, segundo a Genial Investimentos.

De acordo com a corretora, a taxa de inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) atingiu 0,6% em janeiro, em relação a dezembro e o núcleo da taxa de inflação que exclui preços da energia e alimentos também apresentou crescimento de 0,6% no mês.

Com isto, a taxa de inflação em 12 meses atingiu 7,5%, a maior desde 1982 e um salto de 0,5 pontos de porcentagem. Os números vieram bem acima das expectativas, 0,4%, 0,4% e 7,2%, respectivamente. Habitação e alimentação foram os grupos que apresentaram maiores elevações, mas os aumentos de preços foram generalizados.

Inflação nos EUA

Ainda de acordo com a corretora, a aceleração da taxa de inflação nos Estados Unidos preocupa, visto que alguns diretores do Fed já começam a propor uma política monetária muito mais contracionista do que está no horizonte do mercado neste momento.

Segundo eles, o Fed não apenas deveria iniciar o processo de aumento das taxas de juros em março assim como deveria fazê-lo com uma elevação de 0,5 p.p e não de 0,25 p.p. como é a expectativa da maior parte dos analistas e como tem sido feito nos últimos 21 anos.

Para a Genial, a hipótese de que o Fed deveria começar a reduzir seu balanço, ou seja, vender parte dos títulos de suas carteiras o mais rápido possível e, com isto, reduzir a liquidez no mercado financeiro de forma mais rápida, já começa a fazer parte das discussões.

Segundo estes diretores, a combinação de política monetária muito frouxa com taxas de juros próximas de zero e políticas fiscais excessivamente expansionistas, como as adotadas pelo governo Binden e outros governos de países desenvolvidos, está gerando pressão inflacionária em todo o mundo, que se tornará persistente e de difícil reversão no futuro. Em outras palavras, o Fed está “atrás da curva” e vai ter de correr para alcançar a inflação.