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Economia

INSS: Aposentadoria pode ser reajustada em pouco mais de 5%

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INSS

A ligeira correção que o governo federal fez na projeção de inflação para 2021, de 4,27% para 5,05%, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que vai reajustar o salário mínimo, passando dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.155 no próximo ano, continuará sendo um índice irrisório para recompor o poder de compra dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social ( INSS ), segundo representantes dos aposentados .

“Impressionante como é tratada a classe trabalhadora”, lamenta Yedda Gaspar, presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Faaperj).

O INSS, hoje, paga benefícios a cerca de 35 milhões de aposentados, pensionistas e titulares de auxílios. Atualmente, cerca de 24 milhões recebem até um salário mínimo. Outros 11 milhões ganham acima do piso nacional. O reajuste dos benefícios entra em vigor em 1º de janeiro de cada ano.

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O reajuste fechado somente será conhecido em janeiro do próximo ano, quando o governo federal tiver o índice acumulado do INPC em 12 meses, até dezembro de 2021, e aplicar a correção sobre os valores atuais dos benefícios.

“Como pode um aumento de R$ 55 (previsão) para o salário mínimo, quando sabemos que o assalariado não tem só a cesta básica para pagar? Existem gastos com aluguel, remédios, vestuário… Uma família composta por quatro pessoas, por exemplo, não pode comprar sequer um pacote de biscoito para os filhos. Para os governantes é supérfluo ou eles acham que para o pobre só uma cesta básica dá para passar o mês? E a mistura, como legumes e verduras, os pobres não merecem ter à mesa?”, questiona Yedda Gaspar.

Os aposentados que só recebem um salário mínimo não têm nem como comprar os remédios que não estão na lista dos distribuídos pelo governo.

“De fato, quem mais precisa é o assalariado, que mais uma vez é prejudicado por esse aumento ridículo”, critica Yedda.

Antecipação do abono

A dirigente vê com bons olhos a antecipação do abono de Natal para os mais de 2,6 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Estado do Rio. No país, serão 31 milhões (quatro milhões não têm direito ao abono).

“Será um alívio no bolso do aposentado que está com contas atrasadas e ainda tem que ajudar filhos e netos, que estão desempregados”, afirma Yedda Gaspar.

Datas de pagamento

Os primeiros a receber a metade do 13º salário serão os que ganham até um salário mínimo (R$ 1.100). Neste caso, o pagamento da primeira parcela será feito de 25 de maio a 8 de junho (para um grupo por dia). A segunda parte será liberada de 24 de junho a 7 de julho.

Os que recebem acima do salário mínimo terão a primeira parcela depositada de 1º a 8 de junho (dois grupos por dia, de acordo com os finais dos benefícios), sem desconto algum. A segunda será creditada de 1º a 7 de julho, com os abatimentos previstos em lei, incluindo o de Imposto de Renda, quando for o caso.

Valor liberado no estado

Segundo o INSS, no Estado do Rio, serão destinados R$ 2,5 bilhões (valor referente apenas à primeira parte do 13º salário). Considerando também os vencimentos mensais da folha de maio, o total desembolsado chegará a R$ 7,4 bilhões.

“O valor (destinado ao pagamento do abono do INSS) representa mais de 10% do total da massa salárial do Estado do Rio de Janeiro em um ano, que dá R$ 13,6 bilhões”, avalia o economista Mauro Osório.

De acordo com ele “é significativo para ativar o consumo no estado, ao menos no mês em que for pago”.

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