Investimentos diretos no país somam US$ 90,572 bilhões em 2022

Maior aporte de recursos em dez anos, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 90,572 bilhões em 2022, o equivalente a 4,76% do PIB, com destaque para aqueles voltados ao setor produtivo. Esse montante só é não é superior ao apresentado em 2012, quando houve ingresso líquido de US$ 92,568 bilhões. Bem inferior é o ingresso verificado em 2021, que totalizou  US$ 90,572 bilhões em 2022, informou nesta quinta-feira (26), o Banco Central, por meio das ‘Estatísticas sobre o Setor Externo’.

O ingresso líquido de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo foi o maior desde 2012, quando o ingresso líquido somou US$ 92,568 bilhões. Em 2021, o montante havia sido de US$ 46,439 bilhões.

Na previsão do Banco Central (BC), o IDP do ano passado não passaria de US$ 80 bilhões, conforme apontou consta do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro último. Já pela estimativa do Projeções Broadcast, o IDP no ano passado estaria no intervalo entre US$ 74,0 bilhões a US$ 90,0 bilhões, com mediana de US$ 87,60 bilhões.

Se considerado apenas dezembro último, o IDP chegou a US$ 5,570 bilhões, em contraste com igual mês de 2021, que teve IDP negativo em US$ 5,179 bilhões. Também no mês passado, o investimento estrangeiro em ações brasileiras contabilizou US$ 1,257 bilhão em dezembro, em contraponto ao saldo negativo de US$ 966 milhões, em dezembro de 2021.

No que toca aos fundos de investimento, o investimento líquido, igualmente em dezembro, foi positivo em US$ 818 milhões, superando o saldo de igual mês de 2021, de US$ 421 milhões. Neste tópico, o total de entradas líquidas, no ano passado, atingiu US$ 827 milhões.

Quanto ao investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados aqui, o saldo foi positivo em US$ 2,002 bilhões, em dezembro, superando em muito o saldo positivo de US$ 806 milhões, em idêntico mês de 2021, ao passo que o acumulado de 2022 apresentou saldo negativo de US$ 4,498 bilhões.

No que se refere a empréstimos de médio e longo prazos, captados no exterior, o BC informou que a taxa de rolagem chegou a 91%, no mês passado, nível que indica ausência de captação de valor, em quantidade suficiente que permitisse rolar compromissos das empresas no período. Tal patamar repete o de igual mês de 2011.