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Itália terá sistema nacional de satélites como alternativa à Starlink

País europeu quer se desvencilhar da empresa americana.

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O governo italiano revelou planos para desenvolver um sistema próprio de satélites em órbita baixa da Terra, voltado para comunicações governamentais. A iniciativa, anunciada pelo ministro da Indústria, Adolfo Urso, busca oferecer uma alternativa às infraestruturas fornecidas por operadores globais, como a Starlink, da SpaceX.

A decisão marca uma mudança na abordagem do governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, que anteriormente considerava utilizar os satélites da empresa de Elon Musk para garantir comunicações criptografadas entre funcionários em áreas de risco. No entanto, a proposta enfrentou forte oposição política, com críticos questionando a segurança de depender de um empresário estrangeiro ligado ao governo dos Estados Unidos, agora sob a liderança de Donald Trump.

“Estamos de fato trabalhando na criação de um sistema nacional de satélites de órbita baixa, desenvolvido de forma independente e com o envolvimento dos principais atores nacionais”, afirmou Urso. O ministro, no entanto, não detalhou quais empresas estarão envolvidas no projeto nem apresentou um cronograma para sua implementação.

A Agência Espacial Italiana foi encarregada de conduzir um estudo de viabilidade para o projeto. Atualmente, a Starlink possui cerca de 6.700 satélites ativos e fornece internet a milhões de usuários ao redor do mundo. Com essa iniciativa, a Itália busca fortalecer sua soberania tecnológica e reduzir a dependência de infraestrutura estrangeira para comunicações estratégicas.

Starlink

A Starlink é um serviço de internet via satélite operado pela SpaceX, empresa de Elon Musk. O projeto consiste em uma constelação de milhares de satélites de órbita baixa (LEO – Low Earth Orbit) que fornecem conexão de alta velocidade e baixa latência para diversas regiões do mundo, incluindo áreas remotas onde a infraestrutura tradicional de internet é limitada ou inexistente.

Lançada em 2019, a Starlink já possui mais de 6.700 satélites ativos e milhões de usuários globais. Seu funcionamento depende de terminais de usuários, que captam o sinal dos satélites e o transmitem para dispositivos locais via Wi-Fi. O serviço tem sido amplamente adotado por governos, empresas e indivíduos, sendo utilizado em setores como aviação, transporte marítimo e operações militares.

A tecnologia da Starlink se destaca pela capacidade de oferecer internet de alta velocidade em locais remotos, mas também levanta questões sobre regulação, segurança cibernética e concorrência no setor de telecomunicações.

(Com Agências Internacionais).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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