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JBS planeja retomar exportações para os EUA

Compnhia é uma processadora de alimentos.

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A JBS (JBSS3) está otimista quanto à retomada das exportações de carne produzida em sua unidade de Diamantino (MT), a maior instalação da Friboi, para os Estados Unidos.

De acordo com o Estadão, as vendas foram suspensas em junho do ano passado após um incêndio na fábrica.

As operações foram reiniciadas em novembro de 2023, com um investimento significativo de R$ 300 milhões que ampliou a capacidade de processamento da unidade em 2,4 vezes.

A JBS aguarda agora a aprovação das autoridades norte-americanas, com expectativa de uma decisão nas próximas semanas.

Ivan Ritter, gerente industrial da unidade de Diamantino, destacou a importância do mercado norte-americano para a planta. Ele revelou que os EUA representavam entre 30% e 40% das exportações da unidade antes da suspensão e que esse patamar deve ser mantido após o retorno das vendas. Ritter também mencionou o momento de oferta restrita de gado bovino nos Estados Unidos como um fator que pode impactar positivamente as exportações.

JBS (JBSS3)

O setor agroalimentar global enfrenta um desafio significativo: a resistência dos consumidores em pagar mais por alimentos produzidos com rigorosos padrões ambientais. Gilberto Tomazoni, CEO da JBS, abordou essa questão durante o Global Business Forum do G-20, ressaltando que não se pode assumir que os consumidores estarão dispostos a arcar com esses custos. Tomazoni acredita que a solução está na melhoria da produtividade para reduzir os custos dos alimentos e torná-los mais acessíveis.

A pressão para adotar práticas mais sustentáveis está crescendo, com foco em combater as mudanças climáticas. Medidas como a redução do desmatamento e a diminuição do uso de fertilizantes sintéticos de nitrogênio são cruciais para diminuir as emissões de carbono. A agricultura é responsável por mais de 20% das emissões globais de carbono, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Tomazoni também destacou a necessidade de um investimento anual de até US$ 350 bilhões até 2030 para financiar a transição para práticas mais sustentáveis no setor alimentício. Ele propôs a criação de um sistema de recompensas para agricultores que adotem práticas ambientais, garantindo que esses produtores sejam compensados por seus esforços.

A adoção de tecnologias e práticas agrícolas mais verdes é vista como essencial para a redução das emissões de carbono. No entanto, o sucesso dessas mudanças depende de uma colaboração eficaz entre governos, setor privado e consumidores.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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