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Leste Europeu explosivo; recuo de futuros nos EUA e conta de R$ 100 bi pautam Ibovespa de segunda

Conflito russo-ucraniano iminente; índices ianques caem e PEC afunda mais dívida pública

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Foto divulgação

Enquanto se intensificam as tensões globais ante a invasão iminente da Ucrânia pela Rússia e os preços do petróleo disparam, os índices futuros dos EUA recuam (Dow Jones Futuro, -0,16%; S&P 500 Futuro, -0,13%; Nasdaq Futuro, -0,17%) e o Federal Reserve (Fed) – o bc estadunidense – divulga, no final do dia (7) dados sobre o crédito ao consumidor, em dezembro último. A perspectiva, para o investidor, é de uma semana difícil, pois a alta dos juros incentiva a troca de ações ligadas ao crescimento por aquelas de maior valorização, nesse instante.

Ímpeto de recuperação – A semana inicia com ímpeto de recuperação dos mercados estadunidenses, depois que os índices S&P e Nasdaq Composite subiram 0,52% e 1,58%, na semana passada – o melhor resultado do ano, até aqui – impulsionados por balanços trimestrais otimistas de empresas e um relatório de emprego para janeiro melhor que o esperado, sem contar o Dow Jones, que também avançou 1,05%. No mundo corporativo ianque, as notícias também são positivas, uma vez que das empresas do S&P 500 que divulgaram seus balanços, 79% delas superaram a estimativa de lucros e 77% à de receita.

Dados dos EUA – Indicadores sobre o estado geral da economia de Tio Sam nessa semana não vão faltar; amanhã (8) a Federação Nacional de Empresas Independentes divulga o índice de otimismo para as Pequenas Empresas, referente a janeiro último; na quinta (10), o Bureau of Labor Statistics  divulga o índice de preços ao consumidor do mês passado, e o Departamento do Trabalho informa os pedidos iniciais de desemprego para a semana que termina em 5 de fevereiro, depois de divulgar, na sexta (4), a criação de 467 mil empregos no mês passado, superando em muito os 150 mil estimados por economistas.

Ásia indefinida – Findo o quase interminável feriado do Ano Novo Lunar, as bolsas asiáticas apresentam desempenhos diversos, como o forte crescimento (+2,03%) do chinês Shanghai SE; o ligeiro avanço do Hang Seng Index de Hong Kong (+0,03%), mas queda de 0,70% do nipônico Nikkei e do sul-coreano Kospi (-0,19).

Europa mista – Ao mesmo tempo, na belicosa Europa, os índices locais registraram performances díspares, com o britânico FTSE 100 crescendo 0,12%; o DAX alemão avançando 0,47%; o CAC 40 francês valorizando 0,33%, mas o italiano FTSE MIB recuando 0,51%. Além da questão regional dramática, de conflito militar envolvendo a já espoliada Ucrânia, há quase 90 anos, e o, novamente invasor, o ‘urso’ russo, tendo à frente o czar Putin, que quer impor ao mundo sua visão geopolítica, cujo epicentro explosivo é uma região rica em petróleo.

Jogo de xadrez – Com cara de conflito planejado, à semelhança de um jogo de xadrez (país que pariu seus gênios nessa arte), o Kremlin busca, em todas as suas ações, proeminência global perdida com o ‘fim’ da União Soviética, nos anos 90.

BCE estável – Em outra abordagem, os mercados observam a estabilidade anunciada para os juros, por parte do Banco Central Europeu (BCE), mas também o movimento de alta dos juros (duas seguidas) pelo Banco da Inglaterra (BoE) – o bc britânico – que aplicou dois reajustes seguidos – o último de 0,5%, na semana passada – em curto espaço de tempo, tendo em vista o crescimento inflacionário local.

Stoxx 600 sobe – Em que pese a apreensão reinante no velho continente, o índice Stoxx 600 crescia 0,43% a 464,13 pontos, com recuo das ações de varejo e alta de petróleo e gás. Na agenda, à tarde, é a vez do pronunciamento da presidente do BCE, Christine Lagarde, no Parlamento Europeu.

Petróleo recua e minério cresce – No campo das commodities, as tensões geopolíticas expostas continuam pressionando os preços do petróleo, que recuam 1,06%, a US$ 91,33 o barril (WTI), e 0,56%, a US$ 92,75 o barril (Brent), ao passo que o minério de ferro saltava 2,45% a 817 iuanes ou US$ 128,48 na Bolsa chinesa de Dalian, após uma semana de inatividade por feriado.

Bitcoin ensaia recuperação – No que toca às criptomoedas, o Bitcoin valorizava 2,36% a US$ 42.636,52, aparentemente, em processo de recuperação de patamar histórico.

IGP-DI salta – No plano brazuca, destaque para o salto de 2,01%, em janeiro último, do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), bem acima do de 1,25%, computado no mês anterior, mas ainda abaixo do verificado em igual mês de 2021, de 2,91%. Como resultante, o IGP-DI acumula alta 16,71% em 12 meses.

Atacado pressiona – De acordo com a FGV, a expansão do índice no mês passado foi pressionada pelo avanço dos preços no atacado, mas também pelo encarecimento do custo da construção. Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo – que mede a evolução dos preços do atacado – passou de 1,54%, em dezembro último, para 2,57%, no mês passado. No mesmo comparativo, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) cresceu de 0,35% para 0,71%.

PIB estável – Outro indicador relevante do dia é a projeção de estabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, mantido em pífios 0,3%, o que representa um tombo monumental na atividade nacional, que se expandiu 5% em 2021. Para 2023, houve queda de previsão, de 1,55% para 1,53%, mas manutenção, em 2%, das projeções para 2024 e 2025. As informações são do Boletim Focus, do BC.

IPCA avança – No que toca ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – o índice oficial de inflação – novo avanço da carestia, agora passando à previsão de 5,38% para 5,44%, de dezembro para janeiro último. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,03%. Trata-se da quarta alta seguida, em patamar bem superior, tanto em relação à meta (3,5%), quanto do teto (5%). Para o ano que vem, foi mantida em 3,5% a previsão do IPCA, assim como permaneceu estável em 3% as projeções para 2024 e 2025.

Selic mantida – A Selic, por seu turno, foi mantida em 11,75% para este ano, pela quarta semana consecutiva, o mesmo ocorrendo para as previsões de 2023, 2024 e 2025, respectivamente em 8%, 7% e 7%.

Dólar ‘imóvel’ – Já o dólar, houve permanência, pela sexta semana seguida, das projeções em R$ 5,60 para o final deste ano, mantida a cotação de R$ 5,50 para o ano que vem, e recuo mínimo, de R$ 5,40 parar R$ 5,39 para 2024; de R$ 5,39 para R$ 5,35, em 2025.

Pátria ‘kamikaze’ – Na treta fiscal eleitoral, o novo nome na praça é a chamada “PEC Kamikaze”, de autoria do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), que defende o repasse de até R$ 5 bilhões a estados e municípios, para fins de financiamento a projetos de mobilidade urbana voltados a idosos. A mesma matéria incluiria, ainda, a ‘adoção’ de um ‘auxílio-diesel’, no valor de R$ 1.200, exclusivo para caminhoneiros e outro dispositivo, que eleva, de 50% para 100% o subsídio ao gás de cozinha a famílias de baixa renda.

Conta de R$ 100 bi – A aventura legislativa, à custa dos recursos públicos, ou seja, do cidadão, deve custar uma perda de receita da ordem de R$ 100 bilhões – dos quais R$ 75 bilhões se referem a reduções de impostos sobre combustíveis e energia – já calculou a equipe econômica. A medida, que afunda ainda mais as contas públicas, em tempo eleitoreiro, ainda requer assinatura de 27 senadores para ir à frente.

BC amplia acesso – No paralelo, o Banco Central (BC) anunciou, hoje (7) a ampliação do acesso aos depósitos voluntários remunerados para fins de política monetária para instituições financeiras. A partir de agora, a autoridade monetária passa a acolher depósitos de instituições financeiras titulares de conta de Reservas Bancárias ou de Conta de Liquidação. Até então, tal acesso era restrito a instituições credenciadas a operar como dealers – instituições financeiras (geralmente, bancos ou corretoras), que fazem a intermediação do Banco Central no mercado aberto, por isso chamados de dealers de mercado aberto.

Covid mata 767 – No diário da covid, o vírus chinês matou 767 brasileiros, na média móvel de sete dias, com alta de 149%, na comparação com o patamar de 14 dias antes, segundo informou o consórcio de veículos de imprensa.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, -0,16%.

S&P 500, -0,13%.

Nasdaq, -0,17%.

Ásia

Shanghai SE (China), +2,03% (fechado).

Nikkei (Japão), -0,70% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong), +0,03% (fechado).

Kospi (Coreia do Sul), -0,19 (fechado).

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), +0,12%.

DAX (Alemanha), +0,47%.

CAC 40 (França), +0,33%.

FTSE MIB (Itália), -0,51%.

Commodities

Petróleo WTI, -1,06%, a US$ 91,33 o barril.

Petróleo Brent, -0,56%, a US$ 92,75 o barril.

Minério de ferro, +2,45%, a 817 iuanes ou US$ 128,48 (Bolsa de Dalian – China).

Criptomoedas

Bitcoin, +2,36% a US$ 42.636,52.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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