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Light vê credores recorrerem à CVM

Empresa é uma concessionária de energia do RJ.

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Um grupo de credores da Light (LIGT3) – incluindo fundos de investimento e debenturistas – pediu à Coissão de Valores Mobiliários (CVM) que instaure inquérito administrativo contra o diretor financeiro e de relações com investidores, Eduardo Gotilla. A informação é do Estadão.

De acordo com o periódico, a companhia protocolou petições judiciais contendo “afirmações falsas” e pede a apuração do “fornecimento de informações falsas para os assessores jurídicos” da Light sobre o desconhecimento da realização de Assembleias Gerais de Debenturistas (AGDs).

Também solicita a apuração do “descumprimento das condutas e obrigações relacionadas aos cargos de diretor financeiro e de relações com investidores”.

As petições da Light no processo de recuperação judicial (RJ) buscam impugnar o resultado das AGDs que decidiram pela contratação de assessores financeiros e de imprensa pelos credores. A Light afirma que estas AGDs foram realizadas sem a comunicação do grupo, contrariando a Resolução 81 da CVM.

Vale lembrar que a Light tem R$ 11 bilhões em dívidas, está em recuperação judiciao, mas deve deixar a recuperação assim que implementar algum tipo de acordo com seus credores.

Já a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) faz pressão para que a empresa, que é uma concessionária de energia do Rio de Janeiro, deixe a RJ e alcance algum acordo com seus credores.

Isso porque, na concepção da Aneel, a Light jamais poderia entrar em recuperação judicial justamente por ser uma empresa pública e que presta um serviço essencial à população.

Por volta das 10h44 a ação LIGT3 recuava 4,05%, cotada a R$ 5,65.

O que é recuperação judicial?

Trata-se de um procedimento que tem por objetivo evitar que a empresa quebre quando está em uma crise financeira. Além de socorrer os sócios, esse instrumento visa proteger também funcionários, fornecedores, prestadores de serviços, clientes e todos os que, de alguma forma, possuem algum vínculo com a organização.

Na prática, a RJ procura viabilizar um acordo entre a empresa devedora e todos os seus credores. Quando esse acordo é bem-sucedido, os ganhos se estendem aos funcionários, que conseguem preservar os seus empregos, a fornecedores, bancos e prestadores de serviços, que não perdem uma parceria comercial, e ao governo, que mantém a sua receita com a arrecadação tributária.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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