Lua: Relógio cósmico! Cientistas buscam horário padrão no satélite

Afinal de contas, que horas são agora na Lua? Ninguém sabe ao certo, e quem afirmar qualquer coisa está apenas chutando, já que não existe um horário lunar oficial e compartilhado entre todas as pessoas, como é o caso do horário de Brasília utilizado no Brasil, por exemplo.

No entanto, isso pode mudar, já que cientistas de todo o mundo estão debatendo sobre o estabelecimento de um fuso horário para a lua, já que diferentes países pretendem viajar e trabalhar na superfície lunar nos anos que virão.

Assim, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês), estabelecer um horário lunar oficial fará com que seja mais fácil para que diferentes agências espaciais trabalhem em conjunto, além de poder auxiliar com a orientação e navegação enquanto na superfície lunar.

Problemas para estabelecer um fuso horário lunar

Algumas questões são encontradas quando se pensa em estabelecer um horário oficial para o satélite natural da Terra. Por exemplo, quem irá determinar esse horário? O fuso horário deve seguir algum já existente na Terra ou ser totalmente inédito?

Outra dificuldade é que a cronometragem do tempo na Lua se dá de maneira diferente do que na Terra, já que um dia de 24 horas em um relógio lunar possui 56 microssegundos a menos do que aqui. Mesmo que pareça uma diferença insignificante, ela vai se acumulando e tornando-se cada vez maior.

Por que definir um fuso horário para a Lua?

Mesmo que as missões de curto prazo para o satélite consigam utilizar antenas de rádio para sincronizar o equipamento com o tempo terrestre, especialistas da ESA dizem que esse procedimento pode não ser adequado a longo prazo.

Além disso, a tendência é de que os humanos passem cada vez mais tempo nas missões que os levem para a Lua, conforme as tecnologias vão avançando.

Outro ponto, de acordo com Bernhard Hufenbach, da ESA, é que a definição de um fuso horário para o satélite demonstra que é possível fazer o mesmo com demais locais do espaço, Marte seria um exemplo. Atualmente, os Estados Unidos, a Índia, o Japão e a Rússia estão com missões lunares planejadas ainda para o ano de 2023.