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Política

Lula quer mudar regras nas aposentadorias por invalidez e pensões por morte

Plano é rever pontos da Reforma da Previdência que diminuíram valores recebidos por beneficiários. Economia prevista inicialmente se perderia

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Prestes a iniciar um novo governo, a Reforma da Previdência completa três anos. Para quem não lembra, o projeto envolveu a alteração de regras que dão acesso a determinados benefícios e alterou vencimentos de quem já os tinha. A situação causou a indignação de parte da população, sobretudo trabalhadores. Assim, para contornar o mal estar, adotaram-se algumas normas de transição a fim de não prejudicar quem estava prestes a conseguir o benefício. De qualquer maneira, muitas pessoas se sentiram prejudicadas. E, para reverter isso, ao menos parcialmente, Lula tem um plano. É o que diz o jornal O Globo.

O grupo de trabalho da equipe de transição que cuida do tema já está trabalhando em uma proposta. A princípio, são duas as mudanças que serão alvo de prioridade: pensão por morte e aposentadoria por invalidez. Em síntese, acontece que ambos os benefícios sofreram cortes, deixando de ser integrais, já a partir do primeiro ano do governo Bolsonaro. A expectativa é promover uma mudança nos cálculos, no intuito de elevar os vencimentos. Com isso, espera-se também que a economia prevista com a Reforma da Previdência seja menor do que aquela que se prospectava.

Representantes do GT da Previdência já anunciaram qual deve ser a proposta apresentada. No caso da pensão por morte, que hoje equivale a 50% do valor do benefício com adicional de 10% por dependente, a pretensão é subir para uma faixa entre 70% e 80%. Em contrapartida, o percentual relacionado aos dependentes não sofreria alteração. Quanto à aposentaria por invalidez, o pagamento retornaria ao patamar integral. Hoje, ele representa 60% da média das contribuições com um extra de 2% por ano que exceder os 15 de contribuição.

INSS

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Preocupação com mais vulneráveis
Atualmente, em ambos os benefícios, há regras que impedem os beneficiários de receber menos do que um salário mínimo. O problema diz respeito ao fato de que muitas famílias estavam acostumadas com uma remuneração relativamente estável e então passaram a receber um valor inferior. Com a corrosão do poder de compra por conta da inflação, por exemplo, entende-se que a situação de quem depende desses benefícios ficou ainda mais vulnerável. Por isso, essa reformulação é tratada com bastante cautela, devendo constar em relatório sobre a Previdência com ações sugeridas para os cem dias iniciais do novo governo.

O esboço preparado até aqui prevê impacto retroativo em tais alterações. Dessa forma, pensões e aposentadorias por invalidez concedidas desde que a reforma passou a valer seriam recalculadas. Vale lembrar que a vigência começou em 13 de novembro de 2019. Porém, a influência seria apenas sobre os cálculos. O novo valor só começaria a ser pago com a aprovação da medida, sem compensação retroativa pelo tempo que as regras foram diferentes.

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