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Cotidiano

Mais de 22 milhões de brasileiros envolvidos com Bets

DataSenado.

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Uma pesquisa do Instituto DataSenado revelou que mais de 22 milhões de brasileiros participaram de apostas esportivas online, as chamadas “bets”, no último mês. Entre os apostadores, 58% confessaram ter dívidas em atraso há mais de 90 dias. A pesquisa indica que homens até 39 anos, com ensino médio completo, são os principais usuários dessas plataformas no país.

Os dados mostram que 13% da população com 16 anos ou mais fizeram apostas nos últimos 30 dias, o que equivale a 22,13 milhões de pessoas. Entre elas, 62% são homens e 38% são mulheres. A faixa etária predominante dos apostadores vai de 16 a 39 anos, seguida por aqueles entre 40 e 49 anos (17%), 50 a 59 anos (13%) e 60 anos ou mais (14%). Quanto à escolaridade, 40% dos apostadores possuem ensino médio completo, enquanto 23% têm o ensino fundamental incompleto e 20% o ensino superior incompleto ou mais.

Economicamente, a maioria dos apostadores (68%) exerce alguma atividade remunerada, enquanto 27% estão fora da força de trabalho e 5% são desempregados. A maior parte ganha até dois salários mínimos por mês (52%), seguida por 35% que recebem entre dois e seis salários mínimos, e 13% que ganham mais do que isso.

Bets

A pesquisa também aponta que 12% dos brasileiros fizeram apostas esportivas recentemente, com variações regionais. Roraima e Pará registraram uma taxa de 17%, acima da média nacional, enquanto o Ceará ficou abaixo, com 8%. O levantamento também destacou o impacto negativo do crescimento das apostas, que tem gerado endividamento e consequências econômicas para as famílias.

A legislação sobre apostas esportivas foi regulamentada em 2023, determinando a tributação de empresas e apostadores, além de estabelecer regras para a exploração do serviço e a partilha da arrecadação entre áreas como educação, saúde, e segurança pública. No entanto, estudos apontam que o crescimento das apostas, impulsionado por propagandas em eventos esportivos, tem drenado recursos familiares e prejudicado a economia do país, o que levou o governo a planejar um endurecimento das regras.

(Com Agência Senado).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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