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Economia

Mais de 60% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de R$ 2,5 mil

A remuneração recebida pelos trabalhadores brasileiros é uma preocupação, visto que a inflação continua alta. Porém, há indícios de melhoras.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Com base nela, a LCA Consultores fez um levantamento que diz respeito à remuneração de trabalhadores brasileiros.

A pesquisa levou em consideração 97,575 milhões de trabalhadores. Dessa quantidade de cidadãos que exercem suas atividades profissionais, mais da metade ganha até dois salários mínimos, valor equivalente a R$ 2.424,00.

Com a média do quilo da carne a R$ 40,00, a conta de luz representando até 38,17% do salário mínimo e o aluguel cada vez mais alto, isso se torna um fato preocupante. Porém, há indícios de que o cenário melhore, mesmo que lentamente.

Os dados revelam o cenário do 3º trimestre de 2022. Confira a seguir os detalhes da pesquisa:

  • 34,766 milhões de trabalhadores, o que representa 35,63%, recebem até R$ 1.212, ou seja, um salário mínimo;
  • 30,798 milhões de trabalhadores, o que representa 31,56%, recebem entre R$ 1.212 e R$ 2.424, isto é, entre um e dois salários mínimos;
  • 32,009 milhões de pessoas, o que representa 32,81%, recebem mais de R$ 2.424, ou seja, mais do que dois salários mínimos.

Segundo o economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi, a remuneração entrou em declínio porque, diante do cenário de alto desemprego, os trabalhadores, mesmo que fossem técnicos, formados e especializados, submeteram-se a ganhar qualquer remuneração diante de uma proposta de trabalho para que tivessem a garantia de alguma renda.

Durante a pandemia, a mão de obra ficou mais barata. Isso contribuiu para manter os salários baixos, pois há muita oferta de mão de obra com o valor abaixo do que seria o justo.

A porcentagem de baixa instrução e qualificação da mão de obra também é um fator que apresenta-se como determinante na limitação do aumento da remuneração, afinal, até mesmo os que possuem diplomas não estão recebendo um valor equivalente à sua qualificação.

Contudo, em 2022, o mercado de trabalho apresentou indícios de recuperação. Segundo o IBGE, desde o fim do 1º trimestre do ano, a taxa de desemprego caiu. Esses números estão em declínio desde março, e em setembro a taxa chegou a 8,7%, sendo a menor desde junho de 2015.

Imaizumi acredita que a melhora dessa taxa continue, contudo, ele atenta ao fato de que, assim como em todos os aspectos da economia, essa melhora pode ser demorada.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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