Commodities
Menor demanda da China derruba contrato futuro de minério de ferro
Commodity recua 0,2%, a US$ 115,90 a tonelada, na bolsa de futuros de Dalian
O ‘esfriamento’ do otimismo quanto ao crescimento da demanda chinesa (o gigante asiático é o maior produtor mundial de aço) acabaram derrubando o ímpeto dos contratos futuros de minério de ferro para entrega em maio próximo, que tiveram recuo de 2% (a 808,50 iuanes ou US$ 1115,90 a tonelada) na sessão dessa terça-feira (13), na Dalian Commodity Exchange da China. Queda também foi observada na Bolsa de Cingapura, com o contrato de janeiro de referência do produto siderúrgico acusando redução de 0,9%, para US$ 108,45 a tonelada.
A commodity também é ‘sensível’ aos reveses econômicos decorrente da renitente pandemia que assola o país, apesar do afrouxamento das restrições de mobilidade por parte das autoridades chinesas, que não evitaram a formação de grandes filas nos hospitais chineses, para realização de exames de covid-19, em decorrência de um novo surto da doença no país. Isso sem contar com os efeitos econômicos colaterais do outro lado do Pacífico, em razão de uma eventual retomada inflacionária nos Estados Unidos.
Para o chefe de estratégia FX para renda fixa, moedas e commodities do National Australia Bank, Ray Attrill, “a piora das notícias atuais sobre saúde e economia estão provocando uma retração agora, contra a exuberância evidente nas últimas semanas, com a evidência de que a China está batendo em retirada de sua postura até então zero-Covid”.
Outro fator que pesa nos negócios do minério é a frustração de expectativas quanto à recuperação do nível dos empréstimos bancários na China em novembro. De qualquer sorte, a retração na cotação local do aço não foi significativa, uma vez que os traders conseguiram antecipar as medidas do governo chinês, no sentido de incentivar o setor imobiliário do país asiático, a serem explicitadas durante a Conferência Central de Trabalho Econômico, prevista para a próxima quinta-feira (15).
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