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Mercado de trigo no Brasil tem viés de alta, diz executivo da Bunge

Principal executivo do Negócio Trigo da Bunge no Brasil, Edson Csipai, afirmou que “o preço está no fio da navalha”.

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O mercado trigo tem uma tendência de crescimento no primeiro semestre de 2021, em meio a adversidades climáticas para safras no hemisfério norte e uma colheita mais reduzida do que o previsto na Argentina em 2020, afirmou nesta quarta-feira Edson Csipai, principal executivo do Negócio Trigo da Bunge no Brasil.

Cispai destacou ainda preocupações climáticas para a safra de milho e soja na América do Sul, acrescentando que qualquer perda na colheita desses produtos também deverá afetar as cotações do trigo, que também é usado para ração animal em diversos países.

Em congresso promovido pela associação da indústria nacional Abitrigo, ele afirmou que “o preço está no fio da navalha… Não vai ser difícil de se ver preços em 2021 acima de 300 dólares FOB… tenho viés de alta mais do que de baixa…”.

Esse viés de alta leva muito em conta os problemas climáticos vividos na Argentina, o principal fornecedor do Brasil, que colheu 17 milhões de toneladas neste ano, menor do que as projeções iniciais por conta da seca, disse o executivo.

“Neste momento a melhor opção do produtor (da Argentina) é não vender trigo”, disse Cispai, informando que os argentinos já colheram 20% da temporada.

“É um viés de alta que devemos ficar preocupados com o primeiro semestre”, avaliou.

Ao longo de 2020, a indústria do trigo brasileira lidou com o aumento de custos de 60%, pela alta da matéria-prima e também pelo câmbio, já que o Brasil importa mais da metade de sua necessidade de consumo.

Parte do aumento de custos da indústria brasileira ainda não foi repassada ao consumidor final, o que eleva os temores, completou.

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