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Mercado eleva para 1,89% projeção de expansão da economia este ano, mostra Focus
Os dados são do BC.
A previsão para o crescimento da economia brasileira este ano foi ajustada de 1,85% para 1,89%, de acordo com o boletim Focus divulgado dia 2 pelo Banco Central (BC), o qual apresenta projeções semanais dos principais indicadores econômicos.
Para o período até 2025, espera-se um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2%. Já para os anos subsequentes, 2026 e 2027, o mercado financeiro também projeta uma expansão de 2% do PIB em ambos os anos.
Em 2023, a economia brasileira superou as expectativas, registrando um crescimento de 2,9%, atingindo um total de R$ 10,9 trilhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano anterior, em 2022, o crescimento havia sido de 3%.
Quanto à previsão da cotação do dólar, espera-se que atinja R$ 4,95 até o final deste ano, enquanto para o final de 2025 a estimativa é de R$ 5.
Expansão da economia
No boletim Focus mais recente, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial da inflação no país, permanece em 3,75% para 2024. Para 2025, a projeção é de 3,51%. Já para 2026 e 2027, as estimativas são de 3,5% para ambos os anos.
A projeção para 2024 está dentro da faixa da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um intervalo de 1,5% a 4,5%. As metas para 2025 e 2026 estão igualmente fixadas em 3%, com a mesma margem de tolerância.
No mês de fevereiro, a inflação do país foi de 0,83%, impulsionada pelos aumentos nas mensalidades escolares, quase o dobro do registrado no mês anterior, janeiro (0,42%), de acordo com o IBGE. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula um total de 4,5%.
Taxa de juros
Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Devido ao comportamento dos preços, o Copom realizou o sexto corte consecutivo na taxa de juros. Em comunicado, o Copom indicou que planeja reduzir a taxa em mais 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em maio, o que aumenta a possibilidade de a autoridade monetária interromper ou reduzir o ritmo de cortes a partir de junho.
Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic em 12 ocasiões consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou devido ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. A taxa foi mantida em 13,75% ao ano por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, durante sete reuniões seguidas.
Selic
Antes do início do ciclo de aumento, a Selic estava em 2% ao ano, o nível mais baixo desde que a série histórica começou em 1986. Em resposta à contração econômica causada pela pandemia de COVID-19, o Banco Central reduziu a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic termine o ano de 2024 em 9% ao ano. Para o final de 2025, estima-se que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.
Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que pode impactar os preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.
Os bancos
No entanto, além da Selic, os bancos consideram outros fatores ao definir as taxas de juros para os consumidores, como o risco de inadimplência, o lucro e as despesas administrativas. Portanto, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom reduz a Selic, espera-se que o crédito fique mais acessível, incentivando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e estimular a atividade econômica.
(Com Agência Brasil).
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