Conecte-se conosco

Economia

Mercado vê déficit menor neste ano, mas eleva projeção para 2021

Perspectiva passou a ser de rombo de 844,8 bilhões de reais neste ano e de 224,8 bilhões de reais para 2021.

Publicado

em

O mercado reduziu sua previsão para o déficit primário do governo central em 2020, mas passou a ver um déficit maior em 2021, mostrou nesta quinta-feira o boletim Prisma Fiscal.

Com base em analistas consultados pelo Ministério da Economia, a perspectiva passou a ser de rombo de 844,8 bilhões de reais neste ano, menor do que os 858,2 bilhões de reais estimados no relatório anterior. O número histórico reflete os gastos expressivos da União para lidar com a pandemia de coronavírus.

Para o próximo ano, a perspectiva piorou para um déficit de 224,8 bilhões de reais, contra 218 bilhões de reais antes.

O governo central tem como meta para 2020 um rombo de 124,1 bilhões de reais, mas ele não precisará cumpri-la devido ao estado de calamidade pública pela pandemia de coronavírus.

O Ministério da Economia calculou, em sua estimativa oficial mais recente, um déficit maior para este ano, de 880,5 bilhões de reais, o que corresponde a 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Já para o próximo ano, o governo estipulou uma meta de déficit primário de 149,61 bilhões de reais em seu projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas pediu no texto para que ela seja modificada sempre que as receitas para o ano seguinte forem recalculadas, já sinalizando que o oitavo déficit anual seguido do país deve ser muito maior.

A LDO ainda não passou por votação pelo Congresso e sua tramitação está cercada de incertezas em meio a divergências políticas quanto aos trabalhos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e a briga entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão, sobre presidência do colegiado.

O Prisma traz ainda uma previsão para a dívida bruta em 2020 estável em 94,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Já para 2021, a expectativa é de que dívida bruta atinja 95,45% do PIB, leve melhora frente 95,70% do último levantamento.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS