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Minério de ferro volta a subir, sob promessas de incentivo à economia por Pequim
Enquanto commodity valorizou 0,5% na bolsa de Dalian, na bolsa de Cingapura, alta foi de 0,95%
A melhoria de ‘ânimo’ do mercado, ante o anúncio, uma vez mais, de autoridades chinesas, em favor de medidas que visam incentivar o consumo no gigante asiático – em que pese a ‘lentidão’ observada no setor manufatureiro do país oriental e as incertezas em relação à demanda de aço – fez com que os contratos futuros do minério de ferro exibissem alta, na sessão desta segunda-feira (31).
Diante de tal cenário, o contrato da commodity mais negociado para setembro próximo na bolsa de Dalian (China) fechou os negócios com alta de 0,5% a 841 iuanes (US$ 117,79) por tonelada, após recuar nas duas sessões anteriores. Já em Cingapura, o insumo siderúrgico com negociação para igual mês subiu 0,9% a US$ 107,6 a tonelada, também depois de duas quedas seguidas.
Seguindo a mesma tendência, na bolsa de futuros de Xangai, os chamados ‘benchmarks de aço’ avançaram, como o contrato de vergalhão mais ativo, que valorizou 0,2%; o fio-máquina subiu 1,2%, e o aço inox teve alta de 1,0%, enquanto a bobina laminada a quente caiu 0,2%.
Entre os acenos de Pequim em favor da recuperação econômica da nação mandarim, destaque para o conjunto de medidas anunciadas pelo conselho de Estado da China, no sentido de “restaurar e expandir o consumo nos setores automobilístico, imobiliário e de serviços, a fim de otimizar o papel do consumo no desenvolvimento econômico”.
Reforçando essa tendência, autoridades de Pequim e Shenzhen – maiores cidades chinesas – declararam, no final de semana, que serão adotadas medidas que melhor ‘atendam’ às necessidades dos compradores de imóveis. A sinalização, todavia, não foi acompanhada por informações mais específicas do que será feito para ‘sustentar’ um setor imobiliário em condições de difícil recuperação.
Enquanto os anúncios não são substituídos pela prática, a realidade é que a atividade manufatureira da segunda maior economia do planeta apresentou declínio, pelo quarto mês consecutivo, em julho, reforçando a necessidade de um apoio político mais expressivo, visando dar mais impulso à demanda doméstica.
Em nota, analistas do Citibank disseram acreditar que “o mercado entrará em superávit com o início dos crescentes controles de produção de aço, reduzindo as vendas; enquanto isso, esperamos que a oferta de minério de ferro permaneça relativamente estável no segundo semestre de 2023”.
Em contraponto, siderúrgicas da província de Yunnan, no sudoeste chinês, receberam orientação de autoridades locais, no sentido de ‘adotarem cortes de produção, para que esta caia até o nível do ano passado’.
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