Automobilística
Montadoras de veículos deverão reduzir preços em um futuro próximo
Ao redor do mundo, estima-se que cerca de 13 milhões de carros deixaram de ser vendidos devido à escassez mundial de microchips.
Ao redor do mundo, estima-se que cerca de 13 milhões de carros deixaram de ser vendidos devido à escassez mundial de microchips que vem perdurando desde janeiro de 2021.
O déficit na demanda é consequência da crise sanitária que abalou a economia, ocasionando o fechamento de fábricas e o rompimento de contratos.
Outros fatores que influenciaram nesse déficit, foi a crise climática que atinge o abastecimento de água necessária na produção e o altíssimo valor de investimento em novas fábricas que desestimula pelo alto índice de risco.
E além de tudo isso, a guerra da Rússia x Ucrânia foi uma das grandes culpadas nesta crise.
Contraditoriamente, os milhões de carros que deixaram de ser vendidos não geraram prejuízo para as montadoras, ao contrário do que se pode imaginar.
Os últimos dados financeiros das maiores montadoras de veículos revelam que, ao que parece, produzir menos pode significar ganhar mais. E o motivo disso é a Lei da Oferta e da Procura.
O déficit na cadeia de produção dos chips levaram os fabricantes a produzir menos e cobrar mais pelo produto. E considerando a demanda de procura, os preços elevaram a rentabilidade das montadoras a níveis recorde, muito mais do que se estivessem produzindo normalmente.
Mas esse cenário deve mudar em breve, analistas do setor estimam que até o final do ano de 2023, as montadoras não poderão justificar os preços exorbitantes pela falta de chips do mercado.
A partir disso, o setor terá que espremer suas margens e buscar soluções de redução de preço, além de buscar meios de captação de novos clientes que sustentem a rentabilidade das empresas do setor.
“O peso da compra de um carro no orçamento familiar é algo que teremos de enfrentar. Existe um limite para aumentar preços … Se a produção crescer, cairá o poder de elevar preços da indústria, o que significa que nossas margens serão pressionadas”, afirmou Carlos Tavares, CEO do Grupo Stellantis.
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