Economia
Movimentando R$ 11 trilhões, o PIX faz o cheque deixar de ser usado
Desde 2019, o uso do cheque caiu pela metade. Além do PIX, o desuso dessa transação está relacionado aos outros meios de pagamentos digitais.
O cheque é caracterizado como uma ordem de pagamento à vista. Na prática, o pagamento com o cheque consiste em levar o documento a uma agência bancária para que o valor descrito seja descontado.
Deste modo, a quantia sai da conta do pagador e vai para a conta destino. O Banco do Brasil estimou que, em 2019, cerca de 550 milhões de pagamentos foram efetuados por meio de cheques.
A movimentação daquele ano foi de cerca de R$ 1,52 bilhão. Hoje, 4 anos depois, essa movimentação caiu significativamente. Essa forma de pagamento ainda é aceita, mas desde 2019 o número de transações via cheque diminuiu mais da metade.
Ano passado, o Serviço de Compensação de Cheques (Compe) estimou que 202,8 milhões de cheques foram compensados. Se comparado a 2021, essa quantidade representa um declínio de uso de 7,3%.
Apesar da quantidade de cheques compensados ser menor, o valor médio utilizado em pagamentos com cheques foi maior. Em 2021, a média era R$ 3.046,52 e, em 2022, ficou em R$ 3.257,88.
Não é coincidência que 2020 tenha sido o ano em que o Banco Central criou o PIX. O desuso dos cheques está inteiramente ligado à nova tecnologia de transação financeira instantânea. Além do PIX, o desuso do cheque também está relacionado aos outros meios de pagamentos digitais.
Hoje, 70% das transações financeiras são feitas através dos meios digitais. Com isso, é possível afirmar que o cheque está sendo usado apenas para os casos de pagamento de valores mais altos que podem ser divididos em mais parcelas do que nos casos do cartão de crédito.
Enquanto isso, o PIX é usado para transações financeiras de valores mais baixos. Ano passado, o PIX atingiu o recorde de R$ 11 trilhões de movimentações. Para efeito de comparação, as movimentações feitas através de boleto foram de R$ 5,3 trilhões.
Já as movimentações TED ainda são as mais altas do Brasil. Em 2022, chegou a movimentar R$ 40,1 trilhões. Portanto, seguido do TED, o PIX é a segundo forma de transação financeira mais usada no país.
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