Economia
Nova geração de bancos digitais agora foca em pessoas jurídicas
Fintechs como Cora, Linker e Stark Bank miram em MEIs, pequenas e médias empresas.
As fintechs popularizaram a ideia de se ter uma conta digital. Empresas como o Nubank e Neon conquistaram o gosto dos clientes, que passaram a controlar suas finanças pela tela do celular, sem ter de sair de casa. Na mesma perspectiva, outras startups objetivam levar a facilidade dos bancos digitais para as pessoas jurídicas.
Criadas há no máximo três anos, essas novas instituições financeiras investem em serviços customizados para cada segmento de empresas. O intuito é migrar alguns clientes dos bancos tradicionais e ser contemplado como o banco onde os empreendedores abrirão a primeira conta digital.
Os bancos digitais estão de olho nos exemplos do exterior e na inovação do mercado para pessoa física. Um caso internacional conhecido é a Brex, “o banco das startups”, fundado por dois brasileiros no Vale do Silício. O cenário local também contribui, com regulamentações do Banco Central (BC) que impulsionam a competitividade e inovação, como o Pix (novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas do BC) e open banking.
No rol das novas empresas, existem as experientes no mercado financeiro, como o Linker, fundado por dois ex-colaboradores da Neon, Daniel Benevides e Ingrid Barth, e um ex-colaborador do Itaú, David Mourão. A instituição de pagamentos mira as pequenas e médias empresas, que, segundo os executivos, são negligenciadas pelos bancos.
Outra fintech que dispõe de veteranos é a Cora, cujos cofundadores, Igor Senra e Leonardo Mendes, conceberam o sistema de pagamentos Moip. De acordo com Senra, o objetivo é contemplar as empresas categorizadas como Simples, com faturamento máximo de R$ 4,8 milhões.
Por outro lado, a Stark Bank busca atender grandes empresas que necessitam fazer muitas transações ao mesmo tempo. A atividade atraiu clientes conhecidos, como Buser, Loft e Rappi. “Para os clientes que são de tecnologia, nós trabalhamos com APIs e ligamos com o time de tecnologias deles; para quem não é, fazemos até planilha do Excel integrada com as operações de pagamento”, diz o fundador e CEO, Rafael Stark.
A nova geração de empresas compete com bancos digitais que já contemplam pessoas físicas, além dos bancos robustos. Por exemplo, o Nubank possui 400 mil clientes na conta de pessoas jurídicas, que engloba donos de pequenos empreendimentos, microempreendedores individuais (MEIs) e autônomos. A Neon, ao adquirir a startup MEI Fácil, tem relacionamento com aproximadamente 20% dos 11 milhões de MEIs presentes no Brasil.
Aos novatos, existe uma justificativa para estar na mira dos “incumbentes digitais”: uma conta para MEI é parecida com a de pessoa física. “É quase como só virar a chavinha, algo mais fácil do que construir uma solução para empresas maiores”, alega Stark. Contudo, a geração de fintechs para o mercado corporativo não enxerga Neon, Nubank e demais perfis da mesma geração como concorrentes. “Há espaço para todo mundo melhorar os serviços para as pequenas empresas, que movem a economia do País”, afirma Igor Senra, da Cora.
Desse modo, a superação das fintechs da nova geração dependerá da oferta de serviços brutos. Além disso, será preciso provar ser capaz de lidar com o dinheiro dos empresários em meio ao período conturbado.

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