Nova pandemia? Caso grave de gripe aviária H5N1 nos EUA acende alerta

A confirmação do primeiro caso grave de gripe aviária H5N1 em um ser humano nos Estados Unidos, divulgada na quarta-feira (18), despertou preocupações entre especialistas e autoridades de saúde. O paciente, um homem de mais de 65 anos, está internado em estado crítico na Louisiana.

De acordo com o Departamento de Saúde da Louisiana, o paciente apresentou sintomas respiratórios graves após ser exposto a aves infectadas em um criadouro.

Em comunicado oficial, a pasta informou:

“O paciente sofre de uma enfermidade respiratória grave relacionada com a infecção por H5N1 e atualmente está hospitalizado em estado crítico.”

Casos de gripe aviária nos Estados Unidos

Com esse registro, sobe para 61 o número de infecções confirmadas nos Estados Unidos desde o início do surto em 2024. A maior parte dos casos envolveu sintomas leves, tratados em casa, mas este é um dos raros casos considerados graves.

No mês passado, um adolescente canadense também foi hospitalizado após contrair o vírus em condições similares.

Estudos genéticos indicaram que o vírus identificado no paciente pertence ao genótipo D1.1, detectado recentemente em aves de criação e silvestres nos Estados Unidos e no Canadá. Essa variante difere da B3.13, responsável por surtos em vacas leiteiras e por sintomas leves em humanos, como conjuntivite.

Embora as autoridades afirmem que o risco de transmissão de pessoa para pessoa continue baixo, a situação exige atenção redobrada.

Rebecca Christofferson, pesquisadora da Universidade Estadual da Louisiana, reforçou a necessidade de vigilância: “Ainda não entro em pânico”, disse à AFP, enfatizando a importância de monitorar possíveis transmissões.

Riscos de pandemia preocupam especialistas

A comunidade científica também está atenta à possibilidade de uma nova pandemia. Meg Schaeffer, epidemiologista do Instituto SAS, destacou:

“A gripe aviária está batendo à nossa porta, e uma nova pandemia poderia começar a qualquer dia.”

Para evitar maiores complicações, os Estados Unidos têm investido em estratégias preventivas, como o desenvolvimento de vacinas experimentais baseadas em RNA mensageiro. Testes recentes em furões indicaram que essas vacinas podem ser eficazes contra variantes do vírus H5N1.

Apesar de o cenário atual não indicar transmissão sustentada entre humanos, especialistas concordam que a vigilância rigorosa é essencial. O aumento nos casos em animais e humanos exige respostas rápidas para evitar uma nova crise global.

*Com informações de Isto é Dinheiro.