Commodities
‘Novas promessas’ de Pequim garantem alta do minério de ferro
Enquanto o contrato da commodity cresceu 0,7% em Singapura, alta em Dalian foi de 1%
Esperanças renovadas quanto aos ‘prometidos’ estímulos de ‘impacto’ à economia chinesa pelo governo de Pequim constituíram o fator determinante de reação dos preços do minério de ferro, que exibiram alta moderada, na sessão dessa quarta-feira (11).
Após seis sessões seguidas de quedas, o contrato mais negociado, para novembro, na bolsa de Singapura avançou 0,7% a US$ 111,55 por tonelada, após permanecer por cerca de um mês e meio na faixa de US$ 109,25. Se considerado o preço de referência de Singapura, porém, o insumo siderúrgico amarga perdas de 7% em relação ao terceiro trimestre (3T23), como reflexo da iminência dos cortes da produção de aço por parte do gigante asiático, além de incertezas em torno de uma solução permanente para o insolvente setor imobiliário mandarim.
Ao mesmo tempo, o contrato mais negociado para janeiro próximo na bolsa de Dalian (China) cresceu 1% a 827,50 iuanes ou US$ 113,39 por tonelada.
De acordo com o Índice Platts da S&P Global Commodity Insights, no norte do país asiático, o minério com teor de 62% de ferro concluiu as negociações de hoje (11) em alta de 1,9%, para US$ 116,25 a tonelada, após registrar cotação pouco acima de US$ 114 na véspera.
Ainda com relação ao mercado imobiliário chinês, a Country Garden emitiu comunicado em que admite a própria incapacidade de cumprir as obrigações de dívidas offshore, o que ‘engrossa’ a lista cada vez maior de incorporadoras chinesas inadimplentes, além de agravar a delicada situação econômica da segunda maior economia do mundo, maior produtora mundial de aço e consumidora de metais do planeta.
Em nota, analistas do National Australia Bank observam “que a deterioração do setor imobiliário da China é potencialmente um catalisador para um estímulo mais significativo, que vemos impulsionando os preços das commodities em relação aos níveis atuais”. Em paralelo, a Corte mais alta da China publicou ‘diretrizes’ que visam aperfeiçoar o ambiente legal às empresas privadas.
Com a ‘nova rodada de estímulos’ por Pequim, a China pretende ampliar, ainda mais, seu déficit orçamentário para este ano, tendo em vista alavancar a taxa de crescimento anual do país, segundo informações veiculadas pela agência ianque de notícias econômicas Bloomberg News.
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