Novo valor do salário mínimo já começou a valer? Saiba tudo sobre o reajuste

Desde 1º de janeiro de 2025, empregadores e trabalhadores brasileiros já estão se adaptando ao novo valor do salário mínimo, ajustado para R$ 1.518.

Esse aumento, que representa uma elevação de R$ 106 em relação ao valor anterior, foi oficializado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio da assinatura de um decreto, que foi assinado na segunda-feira, 30 de dezembro de 2024.

O aumento sobrepõe-se à inflação, com um reajuste de 7,5%, o que impacta milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores com carteira assinada e beneficiários de programas sociais.

A definição do novo piso salarial gerou debates acerca dos critérios utilizados no cálculo. Com a política fiscal que limita o aumento a 2,5%, o governo e o Congresso Nacional tiveram papel crucial na aprovação das novas regras.

Salário mínimo de R$1.518 entra em vigor no Brasil. Valorização impacta 59 milhões, incluindo 19 milhões de aposentados e pensionistas – Imagem: Jakub Zerdzicki/Pexels

Método de cálculo e sua evolução

O aumento de 7,5% no salário mínimo é resultado de uma combinação entre a inflação de 4,84%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e um crescimento real de 2,5% do PIB. O objetivo é garantir o poder de compra da população.

Desde 2020, o cálculo do salário mínimo é baseado no INPC, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tal índice assegura que o poder de compra dos cidadãos seja preservado diante da inflação.

Anteriormente, entre 2016 e 2019, o reajuste era feito ao considerar o crescimento real do PIB e o INPC. No entanto, devido a retrações econômicas, não houve acréscimo real nesse período.

Salário mínimo regional

Além do mínimo federal, estados como São Paulo e Rio de Janeiro possuem pisos regionais, refletindo as condições econômicas locais ao permitir salários superiores ao nacional.

O aumento do salário mínimo em 2025 é visto como um alívio para muitos brasileiros. No entanto, a limitação proposta pelo governo pode restringir seus efeitos positivos.