Novonor dificulta due dilligence da Apollo e Adnoc na Braskem

A Novonor, antiga Odebrecht, tem dificultado o due dilligence da Apollo e Adnoc na Braskem (BRKM5).

O termo designa uma espécie de auditoria que visa checar o ativo “mais de perto” para, assim, dar prosseguimento a uma eventual oferta de compra vinculante.

Levantamento do Valor Econômico aponta que a Novonor já indicou que não tem interesse em fechar negócio com o consórcio sob os termos atuais, o que justificaria a posição de não abrir informações adicionais da petroquímica no momento.

Segundo o periódico, a oferta da Apollo e Adnoc é a única que não contempla a permanência da família fundadora no negócio e, por isso, há resistência em passar os dados.

Braskem (BRKM5): Unipar Carbocloro

O que se sabe até o momento é que a proposta que mais agrada à Novonor é a que foi feita pela Unipar Carbocloro (UNIP6), que pretende pagar R$ 10 bilhões e manter a ex-Odebrecht na sociedade, mas agora com posição acionária em torno de 4%.

Vale destacar que, atualmente, a Novonor detém metade da Braskem, e a Petrobras (PETR4) detém a outra metade.

Por ter sido arrolada na Operação Lava Jato, com severas implicações à sua imagem e operações, a Odebrecht trocou de nome e procura vender ativos, de maneira a ajustar o caixa da empresa ao volume atual de operações.

J&F

A terceira interessada em comprar a Braskem é a holding J&F, dos irmãos Batista, e controladora da JBS (JBSS3), maior processadora de carnes do mundo. Na última semana a empresa emparelhou sua oferta à Unipar, atualizando a proposta para R$ 10 bilhões, mas somente a Unipar promete manter a Novonor na sociedade, e isso tem pesado em favor da firma concorrente.

O ativo

A Braskem é uma empresa petroquímica de atuação global, com o propósito de criar soluções sustentáveis da química e do plástico.