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O audacioso plano da Marisa para uma virada em 2024: mais margem, menos receita
Em meio a turbulências, rede de lojas traça um ousado plano para recuperar seu status de outrora.
Segundo fontes do site Exame Invest, na última terça-feira (24/09), a Marisa revelou algumas de suas expectativas para 2024 à imprensa. A varejista anunciou que pretende atingir entre 50% e 52% da sua margem bruta de lucros no referido ano. Tal marca é bem maior do que os resultados registrados até agora, em 2023.
No primeiro semestre, a margem obtida foi de 40%, uma porcentagem menor do que os 43,3% registrados no mesmo período do ano anterior. No entanto, o projeto implementado pela companhia para tentar se reerguer deverá apresentar faturamentos menores.
Espera-se, seguidamente, que a receita bruta seja de R$ 2,3 bilhões a R$ 2,5 bilhões no próximo ano, considerando que tal cifra foi de R$ 3,6 bilhões em 2022. Consequentemente, toda a estrutura da empresa deverá sentir esse impacto, e os gestores estão buscando se adaptar a uma nova realidade de mercado.
Lembre-se de que, no primeiro semestre, a varejista encerrou as atividades de 88 de suas lojas consideradas menos lucrativas, finalizando o período com 246 unidades, das quais 19 estão em Minas Gerais e 85 situadas no estado de São Paulo.
Conhecendo mais detalhes dessa reestruturação
Um dos pontos vitais dos planos de reestruturação da empresa está no reperfilamento da dívida, sendo essa uma das maiores preocupações dos investidores. A Marisa encerrou o segundo trimestre com um endividamento de R$ 780 milhões, o que é quase quatro vezes o valor do empreendimento no mercado atualmente, algo próximo de R$ 200 milhões.
Entretanto, as pendências não são apenas altas, visto que parte delas (52%) possui um vencimento de curto prazo, de modo que a quitação precisa ser acelerada. De acordo com os gestores, o principal objetivo é fazer com que 90% dos débitos sejam de longo prazo e somente 10% de curto prazo.
Além disso, pretende-se também reduzir a relação dívida líquida/EBITDA para um percentual entre 0,9x e 1,2x. Por fim, no ano de 2022, a varejista encerrou o período com EBITDA negativo em torno de R$ 35 milhões. A expectativa para o encerramento anual agora é que seja positivo, estando entre R$ 100 e R$ 130 milhões.
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