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Tecnologia

O auge da IA: Por que a inteligência artificial triunfou sobre o Metaverso?

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O setor tecnológico deu grandes passos, nos últimos anos, mas nem todos geraram o efeito desejado. Os dois maiores lançamentos desse período foram o Metaverso e novos sistemas de Inteligência Artificial.

Esses dois conceitos surgiram com a promessa de revolucionar a maneira como as pessoas se relacionam com a tecnologia, mas o que temos visto, até então, é que somente um deles decolou, enquanto o outro segue sem grandes avanços.

Enquanto a Inteligência Artificial segue crescendo rapidamente, com fortes investimentos e aprimoramento constante das ferramentas, o Metaverso parece não ter saído do lugar. O que explica isso? Essa tem sido a grande pergunta entre os especialistas da área.

Da empolgação à frustração

A decisão de Mark Zuckerberg em apostar e investir no Metaverso, em 2021, gerou uma empolgação momentânea no setor. Vale lembrar que ele chegou a renomear a própria empresa para Meta, com o intuito de demonstrar o novo foco da companhia.

O bilionário, dono do Facebook, Instagram e WhatsApp, elegeu o Metaverso como a nova onda tecnológica. Para ele, o futuro será marcado pela imersão em ambientes digitais tridimensionais, com reflexos no mundo real.

O lançamento envolveu diversas estratégias. Consultorias especializadas se animaram com a novidade e chegaram a prever resultados brilhantes para o Metaverso em poucos anos.

Em 2022, no entanto, a realidade foi dura demais. A crise econômica que acometeu as empresas de tecnologia gerou uma série de demissões e colocou o Metaverso no topo da lista de cortes.

A adesão do público não ocorreu na medida que os executivos imaginavam. Empresas como Disney e Microsoft fecharam os departamentos que trabalhavam com Metaverso, e a Meta reconheceu um dado alarmante: metade das pessoas que usavam os óculos Quest abandonou o aparelho seis meses depois.

Enquanto isso…

No caso da Inteligência Artificial, os resultados positivos se demonstram na prática. Desde que foi disponibilizado para uso em novembro do ano passado, o ChatGPT gerou uma enorme curiosidade. Em janeiro, dois meses depois, ele chegou a 100 milhões de usuários ativos por mês.

A versão de chatbot criada pela OpenAI fez crescer o interesse do setor pela categoria de IAs generativas. As mesmas consultorias que previram resultados brilhantes para o Metaverso começaram a ver que o cenário apontava para outro lado e que a Inteligência Artificial seria eleita como a principal investida do mercado.

Uma das explicações para isso seria o fato de que a IA oferece resultados práticos e visíveis no dia a dia não só das pessoas, mas também das empresas. Essas características a colocam numa posição diferente, em relação ao Metaverso.

Além disso, a Meta não chegou a lançar um produto específico, como o ChatGPT. A empresa tentou criar uma nova onda tecnológica que, possivelmente, no futuro, vai entregar produtos. O mercado, no entanto, exige certa praticidade e rapidez.

O futuro

Alguns especialistas acreditam que ainda é cedo demais para decretar o fim ou a decadência do Metaverso. O futuro segue incerto, nesse sentido. Mas eles reconhecem que hoje quem está vencendo é a Inteligência Artificial.

A maneira como o segmento tecnológico se desenvolve torna imprevisível qualquer movimento dos próximos anos ou décadas. Pode ser, por exemplo, que o Metaverso ressurja com força total e surpreenda a todos. Resta-nos esperar.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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