O chão tremeu? A verdade por trás do suposto 'terremoto' no Brasil

Na sexta-feira, 16 de junho, um forte tremor de terra atingiu o litoral e o interior de São Paulo, causando susto e curiosidade nos moradores e, basicamente, de todo o Brasil. O abalo sísmico foi registrado pelo Centro de Sismologia da USP e pelo Google, que emitiram alerta sobre o fenômeno.

Segundo os dados obtidos, o tremor teve magnitude estimada em 4,7 na escala Richter e seu epicentro foi na cidade de Iguape. Muitos acreditam que o evento foi um terremoto, mas, na verdade, não foi bem isso que aconteceu.

Afinal, terremoto ou tremor?

Inicialmente, é preciso se questionar: qual é a diferença entre um tremor de terra e um terremoto? Na realidade, os dois termos se referem ao mesmo fenômeno, que é a liberação de energia causada pela movimentação das placas tectônicas que formam a crosta terrestre.

A diferença entre os acontecimentos é a intensidade do abalo, que é medida através da escala Richter. Essa escala vai de 0 a 9 e quanto maior o número, mais intenso o tremor foi. De acordo com o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, um tremor de magnitude 4 é considerado leve.

Assim, na teoria, o abalo sentido não é capaz de causar danos significativos às construções ou ao meio ambiente. No entanto, um terremoto é um tremor mais forte, que pode ultrapassar a magnitude 6 e ocasionar destruição e até mesmo mortes.

No Brasil, os tremores de terra são raros e geralmente acontecem em regiões próximas à borda da Placa Sul-Americana, como o Sudeste e o Nordeste. O maior tremor registrado no país aconteceu em 1995, na Serra do Tombador, localizada ao norte do Estado do Mato Grosso, com uma magnitude de 6,2.

Então, não, o que aconteceu no Brasil não pode ser considerado um terremoto, mas sim um tremor, sem consequências graves. No resto do mundo, os abalos sísmicos mais devastadores acontecem em áreas de convergência entre placas tectônicas, como o Círculo de Fogo do Pacífico e a região do Himalaia.