O dinheiro em papel vai deixar de existir? Entenda mais sobre!

Após a criação da ferramenta Pix, instituída pelo Banco Central no dia 19 de fevereiro de 2020, a circulação de dinheiro em papel vem diminuindo no país. Essa ferramenta possibilita o pagamento por meio dos aplicativos dos bancos tradicionais e digitais através de uma chave, podendo ser seu CPF, número de celular, e-mail ou chave aleatória. Diante da praticidade que essa ferramenta proporciona, essa forma de pagamento foi amplamente aceita pelos brasileiros.

Nesse contexto, cerca de R$ 40 milhões de dinheiro físico deixaram de circular pelo território nacional entre os meses de janeiro e outubro de 2021, apresentando uma queda de 10,5% em relação ao mesmo período de 2020. Nesse sentido, é válido ressaltar que a plataforma Pix já possui mais 350 milhões de chaves individuais cadastradas e movimenta mais de R$ 550 bilhões por mês em quase de 1 bilhão de transações.

Levando isso em consideração, muitos cidadãos se perguntam se o dinheiro em espécie permanecerá circulando ou se algum momento deixará de existir. O que sabemos, é que em alguns países ao redor do mundo já se discute o término da criação de cédulas novas de dinheiro.

Nesse sentido, o país europeu Suécia pretende encerrar a impressão de novas cédulas até 2030, já que alguns bancos pararam de utilizar esse método de pagamento. Além disso, países como China e Noruega também possuem uma baixa circulação de dinheiro em comparação com as transações por meios digitais.

Diante disso, no nosso país, alguns projetos de lei que possuíam a extinção da circulação e produção dinheiro físico já foram apresentados. Nesse sentido, os políticos defensores desses projetos utilizam como argumento que seria possível diminuir a corrupção, assim como a sonegação fiscal, haja visto que todas as transações poderiam ser monitoradas caso fosse necessário.

Nesse sentido, sabe-se que durante o decorrer do desenvolvimento da sociedade moderna o papel-moeda foi fundamental, servindo para melhoria das práticas de troca de mercadoria. No entanto, os procedimentos eletrônicos vêm se mostrando muito mais eficientes e práticos, cumprindo a mesma função que o papel-moeda. Outro aspecto positivo no que diz respeito às transações digitais é o fato de serem muito mais confiáveis e de serem rastreadas quando necessário.

Um aspecto negativo em relação a essa digitalização da moeda é a desigualdade social presente na nossa sociedade, que torna impraticável essa substituição completa nos dias atuais. Haja visto que muitos brasileiros não possuem acesso às tecnologias necessárias para ser incluído na digitalização ao qual o mundo está passando.