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Saúde

O efeito Ozempic: Barclays vê risco para gigantes como McDonald’s

Com o intuito de tratar o diabetes tipo 2, o Ozempic pode também inibir o consumo de substâncias viciantes e ajudar a reduzir a ingestão de alimentos por impulso.

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O Ozempic é um medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar o diabetes tipo 2. Ele contém semaglutida, uma forma sintética do hormônio GLP-1. A administração é feita por uma caneta injetável nas doses de 0,25 mg, 0,5 mg e 1 mg.

Esse medicamento atua imitando um hormônio relacionado ao apetite e à alimentação. Ele estimula a produção de insulina, reduzindo os níveis de glicose no sangue. Como resultado, quem o utiliza tende a sentir menos fome e, consequentemente, a consumir menos alimentos, o que pode levar à perda de peso.

Medicamento pode influenciar na popularidade e até nas ações de empresas de fast-food

Evidências sugerem que o medicamento também reduz os impulsos para consumir substâncias viciantes, incluindo álcool e cigarros, além de atuar no tratamento da diabetes e na perda de peso.

No entanto, a crescente popularidade desse medicamento pode ter um impacto negativo na demanda de empresas, como a PepsiCo, conhecida por refrigerantes como a Pepsi, e de produtos, como os chips Lay’s, bem como na McDonald’s e na Altria, fabricante de cigarros.

Estrategistas do Barclays, liderados por Jigar Patel, expressaram preocupação

A preocupação pode estar influenciando os preços das ações, uma vez que um índice que rastreia empresas de alimentos embalados registrou uma queda de cerca de 14% este ano. Em contraste, o índice S&P 500 aumentou cerca de 10%.

Os executivos estão atualmente avaliando como esses medicamentos influenciarão nas suas operações. Steve Cahillane, CEO da Kellanova, uma empresa de snacks que foi recentemente separada da WK Kellogg, mencionou na segunda-feira que eles estão analisando como esses medicamentos podem afetar as escolhas alimentares dos consumidores, buscando adaptar seu negócio de acordo com as necessidades identificadas.

Os especialistas também afirmaram que o impacto pode ser oposto em diferentes áreas, como a da saúde, em que redes de farmácias e operadoras de planos de saúde podem ser favorecidas.

O Barclays recomenda vender posições de proteção de crédito em um grupo de empresas que podem se beneficiar dos medicamentos GLP-1, também conhecidos cientificamente por esse nome, e adquirir proteção para aquelas que podem ser negativamente impactadas.

A diferença nos preços desses dois grupos está atualmente em torno de apenas 5 pontos-base, o que está no limite inferior da faixa de um ano, indicando que este é um momento relativamente propício para ingressar nesse mercado.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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