O elo perdido: Por que o Iodo é essencial no sal? Anvisa suspende produto do Carrefour

Recentemente, um grave escândalo acabou comprometendo a credibilidade do sal vendido pela conhecida marca francesa Carrefour, a mesma que detém a propriedade de diversos supermercados aqui no Brasil e no mundo.

Segundo informações oficiais, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda do produto em território nacional, e a medida pegou muitos consumidores de surpresa e virou motivo de debate nas redes sociais.

Além do item não poder mais ser vendido aqui, a proibição também se estende a sua fabricação e distribuição, e a decisão já foi inclusive publicada no DOU (Diário Oficial da União) na última quarta-feira (05/07), valendo como lei.

Segundo o referido órgão, a motivação para uma ação tão drástica foi a quantidade insuficiente de iodo presente na fórmula do sal, muito abaixo do limite legal exigido em terras brasileiras. Isso pode parecer até algo bobo e sem importância, mas níveis inadequados de iodo podem trazer complicações sérias para a saúde.

Conheça os perigos de ingerir sal com iodo insuficiente

Como dito antes, o iodo é essencial para o ser humano e também para os animais, pois, no nosso organismo, ele possui a função de sintetizar hormônios importantes produzidos na tireoide, uma glândula que fica no pescoço.

Por sua vez, essas substâncias atuam regulando o crescimento físico e neurológico, além de também realizarem a manutenção energética e térmica do corpo humano. Logo, problemas advindos da deficiência do iodo (DDI) são muitas vezes os responsáveis por impactar no desenvolvimento social, humano e econômico de uma família ou região.

Dentre os diversos males que uma baixa quantidade de iodo pode ocasionar, podemos citar os vários distúrbios causados pela falta desse micronutriente, como quadros de surdo-mudez, bócio e anomalias congênitas.

Além disso, também existe a possibilidade do aparecimento de atrasos graves no desenvolvimento cognitivo de crianças pequenas, e tais danos podem ser simplesmente irreversíveis para elas, exigindo atenção especializada para o resto da vida.

Por sua vez, o Carrefour defendeu-se informando à imprensa que faz análises periódicas em todos os seus produtos sem exceção. Logo, o item citado havia sido testado em maio deste ano, e as amostras estavam dentro dos parâmetros legais, mas o grupo garantiu que os lotes já foram recolhidos e o ocorrido será devidamente apurado.