O pior da crise já ficou no passado e Ibovespa opera em 112 mil pontos, analisa Safra

De acordo com análise do Banco Safra, depois de perder a casa dos 100 mil pontos em 6 de março, em razão dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, o Ibovespa delineou uma jornada de pouco mais de 120 dias para regressar ao patamar e não parar nele.

Na perspectiva do banco, sobre o principal índice da bolsa de São Paulo, houve uma atualização até o final deste ano. O grupo aumentou o preço alvo do Ibovespa (IBOV) para 112 mil pontos, em detrimento aos 97 mil pontos dispostos na última avaliação.

Segundo os analistas Cauê Pinheiro, Luis Azevedo e Silvio Dória, “a manutenção de uma recuperação gradual da economia, continuidade das reformas estruturais e juros em níveis estimulativos para a atividade estão motivando a realocação de parte dos recursos para renda variável”.

Uma retomada econômica gradativa, por trimestre a trimestre, e os esforços do governo Bolsonaro em elevar a base no Congresso, representam maior disposição para a aprovação das reformas, privatizações e licitações, por exemplo, suscita o Banco Safra.

Além disso, a equipe do Safra aguarda cortes na taxa básica de juros, tendo a queda da Selic para a mínima de 1,5% ao ano. Por consequência, haverá a aceleração do Ibovespa. “Considerando uma análise Preço/Lucro 2021 e, percebemos que o Ibovespa já apresentou uma reprecificação em termos de múltiplos, porém entendemos que ainda há espaço para a continuidade desse movimento”, destaca o time do Safra.

Ainda, demonstra que as ações pertencentes ao índice Bovespa operam a um intervalo de razão Preço/Lucro 12 meses futuros entre 8 e 14 vezes, mas que nos dias atuais está em 13,7 vezes. Porém, há previsão para chegada ao múltiplo de 14,15 vezes.