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O que aconteceu com a BlackBerry, empresa pioneira em tecnologia?

Da ascensão meteórica à transformação em uma potência de cibersegurança, conheça a trajetória da BlackBerry.

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No início dos anos 2000, a BlackBerry era sinônimo de inovação tecnológica. Lançada em 1999 pela canadense Research In Motion (RIM), a linha de celulares conquistou o mundo corporativo com seus teclados QWERTY e a conectividade à Internet.

Os dispositivos da marca eram celebrados pela praticidade de envio e recebimento de e-mails em tempo real, ganhando espaço entre políticos e executivos.

Entretanto, tal história de sucesso enfrentou desafios significativos na década seguinte, culminando em uma reviravolta estratégica.

A empresa ganhou o mercado no início dos anos 2000 com seus teclados QWERTY – Imagem: ANECEPTIUS BAMBANG SUTOPO/Shutterstock

Inovação e crescimento no mercado mobile

Fundada em 7 de março de 1984, em Waterloo, Canadá, a Research In Motion começou desenvolvendo softwares.

A virada veio quando os cofundadores Mike Lazaridis e Jim Balsillie decidiram focar em dispositivos móveis, lançando o BlackBerry 850 em 1999. Com recursos como teclado físico e push e-mail, o BlackBerry 850 foi um marco.

Já em 2002, o modelo 5810 trouxe suporte para chamadas de voz e navegação na Internet, consolidando o sucesso da marca no segmento de smartphones.

Modelo Lançamento Preço inicial Unidades vendidas
BlackBerry 850 1999 US$ 399 100 mil até 2000
BlackBerry 5810 2002 US$ 499
BlackBerry 7290 2004 US$ 399 a US$ 499 2 milhões de assinantes
BlackBerry 8700 2005 US$ 299 a US$ 399 5 milhões de assinantes
BlackBerry Bold 9700 2009 US$ 399 a US$ 499 36 milhões de usuários ativos
BlackBerry Curve 9300 2010 US$ 299 a US$ 399 50 milhões de usuários ativos
BlackBerry Q10 2013 US$ 549 a US$ 599 2 milhões de unidades
BlackBerry Priv 2015 US$ 699 600 mil unidades no primeiro trimestre

Declínio e mudança de foco

No final dos anos 2000, a BlackBerry enfrentou desafios com a concorrência de Apple e fabricantes de Android.

A introdução tardia de telas sensíveis ao toque e lojas de aplicativos custou caro. Em 2010, o BlackBerry Storm, seu primeiro dispositivo touchscreen, não teve boa receptividade.

Em 2016, a BlackBerry encerrou a fabricação de celulares, licenciando a marca para a chinesa TCL, que lançou dispositivos até 2020.

A partir de então, a empresa voltou-se para a cibersegurança, adquirindo a startup britânica Encription em 2016 e a americana Cylance em 2018 por US$ 1,4 bilhão (R$ 7,61 bilhões).

Hoje, a BlackBerry se reinventa como uma potência em cibersegurança e soluções corporativas. As aquisições estratégicas e o foco renovado não só mantêm a relevância da marca, mas também garantem um futuro promissor em um mercado cada vez mais digital.

Jornalista, apaixonada por escrita desde pequena me encontrei no universo da comunicação digital. Já escrevi sobre diversos assuntos e minha missão é levar informação e conhecimento de forma simples e objetiva para o leitor, seja ele quem for!

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