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Economia

O que está por trás da desvalorização dramática do real no G20?

O real brasileiro sofreu uma desvalorização significativa neste mês, tornando-se a moeda com a maior queda entre os países do G20.

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No mês de abril, o real brasileiro experimentou uma desvalorização significativa, com uma queda de 4,5% em seu valor, o que o posicionou como a moeda que mais perdeu valor nesse período dentro do grupo dos países do G20.

Em comparação, moedas de outras grandes economias como o iene japonês, o rublo russo, o peso mexicano e o won coreano também enfrentaram perdas, mas limitadas a cerca de 2%. Enquanto isso, moedas mais estáveis como o euro e a libra esterlina apresentaram uma desvalorização menor que 1% frente ao dólar.

Contexto global e impactos no mercado

Os mercados globais foram marcados por incertezas e instabilidades durante esse período. Um dos eventos mais marcantes foi o ataque com mísseis e drones do Irã a Israel, ampliando os temores de um conflito maior no Oriente Médio. Paralelamente, nos Estados Unidos, a política monetária mostrou sinais de aperto, com o Federal Reserve indicando que a redução das taxas de juros seria mais lenta do que o previsto anteriormente.

Essas decisões impactaram diretamente as expectativas de inflação e crescimento econômico, mantendo as taxas de juros em níveis elevados por um período prolongado para combater a inflação persistente.

Como resultado, os juros dos títulos do Tesouro americano subiram, reforçando a posição do dólar como um investimento atraente e seguro, o que contribuiu para sua valorização em relação a outras moedas, incluindo o real.

Fatores domésticos que influenciaram o real

Além dos fatores internacionais, o real foi impactado por condições específicas do Brasil. Fernando Haddad, Ministro da Economia, apontou que a maior parte da desvalorização do real pode ser atribuída ao cenário global.

Contudo, decisões políticas internas também tiveram grande influência. O governo brasileiro anunciou que não buscaria cumprir as metas de superávit fiscal para os próximos anos, uma notícia que abalou a confiança dos investidores quanto à gestão econômica do país.

Essa falta de compromisso com o superávit sugere um possível aumento no endividamento público, fator que geralmente pressiona a inflação e desvaloriza a moeda nacional.

Previsões e perspectivas para o real

Diante desses cenários combinados de influências externas e internas, as expectativas para a economia brasileira foram ajustadas. O Boletim Focus do Banco Central revelou que o mercado agora espera que a taxa de juros Selic feche o ano em 9,13%, uma ligeira alta em relação às previsões anteriores.

A projeção para a cotação do dólar no final do ano também aumentou, refletindo a incerteza que ronda tanto o ambiente econômico brasileiro quanto o internacional.

Com informações de BBC.

Formada em Relações Públicas (UFG), especialista em Marketing e Inteligência Digital e pós-graduada em Liderança e Gestão Empresarial. Experiência em Marketing de Conteúdo, comunicação institucional, projetos promocionais e de mídia. Contato: iesney.comunicacao@gmail.com

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