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Economia

O que muda para as construtoras com o programa Casa Verde e Amarela?

Construtoras atribuem grande parte de suas vendas no ano ao antigo programa habitacional Minha Casa Minha Vida.

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O Governo Federal lançou o programa habitacional Casa Verde e Amarela para substituir o Minha Casa Minha Vida, criado em 2009. Com a nova ação, o governo espera atender 1,6 milhão de famílias até 2024. O custo previsto é de quase R$ 26 bilhões, sendo que a maior parte da quantia será dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O programa habitacional já é um dos mais representativos do mercado brasileiro. No que concerne ao mercado imobiliário, as mudanças serão positivas. Segundo José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a iniciativa vai ampliar o antigo programa gerando 350 mil novas unidades em relação ao que já estava previsto. 

A grande diferença fica por conta do repasse para a Caixa – empresa que opera os financiamentos e subsídios. Até o ano passado, a instituição financeira recebia um valor de 1% do financiamento. Agora, esse percentual vai ser de 0,5%. Essa economia vai ser repassada aos juros cobrados dos consumidores, que vão ter um poder de compra maior em razão das taxas de juros mais baixas. 

“É um grande avanço, gerando diretamente mais de 400.000 empregos. Serão milhares de famílias com sonho realizado e, para as construtoras, mais unidades que serão produzidas”, afirma Martins. Outras mudanças serão em relação ao uso do financiamento, que poderá ser usado para reformas e regularização fundiária e urbana. 

Para as construtoras, o cenário também é positivo. A MRV, umas das mais fortes construtoras voltadas ao Minha Casa Minha Vida, diz que vê o lançamento com otimismo. No segundo trimestre do ano, 87,4% das vendas foram dentro do antigo programa habitacional, com financiamento pelo FGTS.

A Tenda é única empresa de capital aberto totalmente dedicada a residências populares, ou seja, todos os seus lançamentos se enquadram no Minha Casa Minha Vida. A construtora atingiu vendas brutas de 1,2 bilhão de reais no primeiro semestre do ano. 

A Cyrela, por sua vez, afirmou que as vendas enquadradas no Minha Casa Minha Vida foram o principal destaque operacional do trimestre. “Provando novamente a resiliência do segmento de baixa renda durante períodos de crises econômicas”, afirmou a empresa. 

A Direcional, construtora com vários empreendimentos voltados ao Minha Casa Minha Vida, teve 87% da receita bruta a partir de vendas do programa habitacional no primeiro semestre do ano.

Também, a Eztec assegura que as negociações dessa categoria tendem a ser estáveis, mesmo considerando períodos de crise. Cerca de 13% das vendas da construtora são voltadas ao antigo programa habitacional. 

Para as construtoras, as mudanças da nova ação do Governo podem não ser tão impactantes, mas esse setor deve continuar muito representativo no mercado imobiliário.

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