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Carreira

O trabalho remoto e a percepção dos filhos

A pandemia fez com que muitos país começassem a trabalhar em casa. Em vista disso, especialistas apontam que essa dinâmica pode afetar o modo como os filhos irão lidar com o trabalho futuramente. Leia mais!

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Devido à pandemia da COVID-19, o mundo precisou se adaptar a uma nova dinâmica de trabalho oriunda do isolamento social.

Nesse sentido, diversas empresas precisaram se reinventar com a finalidade de continuar atuando no mercado de trabalho nesse momento atípico. Dessa forma, muitas pessoas começaram a trabalhar à distância, executando suas tarefas de casa.

No entanto, algumas pesquisas dizem que essas questões — trabalho remoto — podem afetar diretamente os filhos desses trabalhadores no futuro.

À vista disso, algumas pesquisas mostram que o comportamento e as práticas dos adultos podem influenciar diretamente na relação das crianças com sua profissão no futuro, bem como em seu desenvolvimento.

Em vista disso, alguns especialistas afirmam que a exposição ao trabalho pode acarretar em desvantagens no que tange a compreensão das crianças em relação à ideia de trabalho na vida de seus pais.

Todavia, os especialistas também relatam que existem partes boas e que os pais podem operar para que essas se destaquem.

Dessa forma, em 2017, Ioana Lupu, professora da Escola Superior de Ciências Econômicas e Comerciais (ESSEC, na sigla em francês), na França, publicou um artigo que tentava diagnosticar se as crianças imitavam os hábitos de trabalho de seus pais na vida adulta. A pesquisadora encontrou uma quantidade expressiva de trabalhos que baseavam-se nos pais, consciente ou subconscientemente.

Outro estudo que vale ser destacado é o de Stewart Friedman, autor do livro Total Leadership: Be a Better Leader, Have a Richer Life. O psicólogo demonstrou que as crianças, muitas vezes, demonstram um sofrimento emocional quando seus pais estão estritamente focados em suas carreiras profissionais.

É importante ressaltar que esses estudos foram feitos antes da pandemia, no entanto, os pesquisadores entendem que a pandemia será um agravante nessa dinâmica.

Friedman destaca que nesse caso, basicamente, “você está pegando o seu bem mais precioso, que é a sua atenção, e desviando da pessoa mais importante do mundo para você… e eles sentem isso”.

O pesquisador acredita que as crianças mais jovens podem ser extremamente afetadas quando seus pais são “psicologicamente removidos da vida familiar enquanto estão fisicamente presentes”.

Desse modo, para romper com essa sensação, os pesquisadores destacam que é preciso criar uma rotina, colocando essas estruturas no lugar, delimitando trabalho e atenção aos filhos.

Lupu afirma que, embora em seus trabalhos muitas pessoas imitassem os padrões dos pais, haviam aqueles que partiam para uma via totalmente distinta, levando o trabalho de uma forma mais saudável. Portanto, é necessário adaptar-se a essa nova estrutura visto que essa será (e já é) presente na vida de muitas pessoas e não irá passar com o fim da pandemia.

Então, a realidade é que não importa se os pais estão em casa ou no escritório, é um fato que as crianças se moldam com base em seus comportamentos, nas decisões e ações tomadas. Assim, é extremamente importante a comunicação e o estabelecimento de limites para os trabalhos remotos.

Esses preceitos irão determinar o futuro das crianças e o modo como elas enxergam o trabalho.

Geógrafo e pseudo escritor (ou contrário), tenho 23 anos, gaúcho, amante da sétima arte e tudo que envolva a comunicação

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