Economia
OCDE melhora previsão do PIB mundial para 2023, mas reduz à do Brasil
Enquanto planeta deve crescer 2,6% este ano, projeção do país recua de 1,2% para 1%
Melhor para o mundo, nem tanto para o Brasil. Essa é a principal conclusão do relatório divulgado, nesta sexta-feira (17), pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relação às perspectivas econômicas para o globo.
A despeito do forte aperto monetário aplicado pelos bancos centrais, por conta da escalada inflacionária, a organização projeta que a economia mundial deverá crescer 2,6% este ano, abaixo, portanto, dos 3,2% registrados em 2022.
Ainda assim, a nova previsão para 2023 representa uma melhoria – ante a estimativa anterior, que não passava de 2,2% – em decorrência da redução dos preços de energia e alimentos, reforçada pelo efeito positivo da abertura econômica da China, segunda maior economia do planeta.
Na visão de analistas, houve melhoria recente de perspectiva para a economia internacional, ante meses atrás, em decorrência de um menor choque inflacionário do que o esperado, apesar da tendência de os juros permanecerem elevados, juntamente com os riscos. Mesmo assim, a OCDE manifestou o entendimento de que o impacto total das taxas de juros mais altas pode levar ao aumento do estresse para os tomadores de empréstimos, a exemplo do colapso recente do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos.
Para o grupo das 20 maiores economias, a organização prevê que a inflação deverá cair de 8,1%, em 2022, para 5,9% este ano, recuando para 4,5%, em 2024 Em todos esses casos, os percentuais inflacionários são superiores às metas de inflação traçadas. Quanto ao PIB do citado grupo, o crescimento deverá chegar a 2,6% em 2023, e a 2,9%, em 2024.
Para o Brasil, no entanto, os prognósticos, para este (2023) e o próximo ano (2024), não são tão animadores, pois estes recuaram de 1,2% e 1,4% para 1% e 1,1%, respectivamente.
No caso específico dos Estados Unidos – maior economia mundial – a OCDE projetou recuo da estimativa anterior, de 1,5% para 0,9%, para 2023, uma vez que a taxa de juros mais alta acaba ‘esfriando’ a demanda nos país ianque, em que pese a melhoria do mercado de trabalho local.
Em decorrência da flexibilização das restrições à economia, impostas para controle da pandemia, a China, avalia a OCDE, deverá crescer 5,3% este ano e 4,9% no próximo, estimativas superiores às de novembro, de 4,6% e 4,1%, respectivamente.
No caso da zona do euro, a organização prevê uma expansão econômica de 0,8% para este ano e de 1,5%, no próximo.
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