Economia
Oito de 15 locais pesquisados pelo IBGE registraram queda de produção industrial
Maiores recuos ocorreram no Rio Grande do Sul (-3,4%), São Paulo (-3,1%) e Mato Grosso (-2,0%)
Acompanhando a queda de 0,3% da produção industrial em janeiro, em relação ao mês anterior, oito de 15 locais pesquisados igualmente apresentaram retração da atividade, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada, nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As maiores quedas foram verificadas nos estados do Rio Grande do Sul (-3,4%), São Paulo (-3,1%) e Mato Grosso (-2,0%). No acumulado em 12 meses, a indústria apresentou recuo de 0,2%, período no qual houve retração em sete locais. O declínio da atividade industrial no primeiro mês do ano ocorre após a queda de 0,8% verificada em dezembro, consolidando um recuo de produção acumulado em 3,9% somente nesses dois meses.
Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, “esse resultado da indústria paulista, na comparação com dezembro, foi o de maior influência sobre o resultado nacional e foi impactado pelos setores de derivados de petróleo e de veículos. Podemos observar que, no mês de janeiro, a indústria automobilística costuma dar férias coletivas e com isso há queda de produção. Também há uma certa cautela na produção do setor, já que o desabastecimento de insumos e o encarecimento de matéria-prima vêm causando impacto no ritmo da produção”.
No caso específico do Rio Grande do Sul, a retração de janeiro anulou o ganho de 1,9% obtido no mês anterior, em decorrência do desempenho do setor de derivados de petróleo. “Em segundo lugar, também há o setor de produtos do fumo, que exerceu uma influência negativa sobre a indústria gaúcha”, analisa Almeida. A retração sul-rio-grandense, além de ser a maior retração entre os locais pesquisados.
Após experimentar dois meses seguidos de expansão (acumulada em 9,3%), Mato Grosso exibiu retração. “Nesse estado, houve queda na produção de alimentos e, secundariamente, também houve o impacto negativo o setor de bebidas”, comenta o analista do instituto.
Também negativos foram os desempenhos do Rio de Janeiro (-1,0%), Santa Catarina (-1,0%), Pará (-0,4%), Paraná (-0,3%) e Bahia (-0,2%), em contraste com a expansão verificada no Espírito Santo (18,6%) e Pernambuco (17,3%).
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