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Opção por Fiagro deve continuar atrativa em 2023

Fundos de investimentos em cadeias agropecuárias garantem dividendos mensais de 1%

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Ruim para uns, muito bom para outros. Enquanto é um presente amargo de Ano Novo para a renda variável (bolsas e aplicações de risco, em geral), a inflação ‘renitentemente’ alta (previsão de fechar o ano a 6%, e seguir elevada, no próximo),  e juros nas alturas (Selic, a taxa básica, hoje em 13,75% ao ano) é uma notícia extremamente atraente para investimentos de renda fixa, de maneira geral.

É o caso dos fundos de investimento em cadeias agroindustriais, mais conhecidos como Fiagros, que devem entregar dividendos atrativos em 2023, superiores a 1% ao mês, pois suas carteiras são indexadas ao CDI, principal referência de renda fixa do mercado, que acompanha a variação da Selic.

Exemplo disso é que o Fiagro está oferecendo ao investidor um dividendo de 1,62% em dezembro corrente, ante um ‘dividend yeld médio’ de 1,27% do mercado de fundos (mesma taxa registrada em novembro último), o corresponderia hoje a 133% do CDI.

A perspectiva de valorização dos Fiagros é reforçada pela expectativa do mercado, no sentido de que a Selic deve permanecer elevada, ainda por um bom tempo, haja vista projeções divulgadas pelo Boletim Focus, de que a taxa básica poderá até avançar de 11,75% ao ano (previsão inicial) para 12% ao ano. Já a inflação de 2023 – medida pelo IPCA – poderá superar a faixa de 5%, só descendo a 3,6%, no ano posterior.

Levando em conta sua isenção de Imposto de Renda (IR), os Fiagros podem proporcionar um retorno de dividendos de até 1,49%, mediante o cálculo ‘gross-up’, pelo qual é feita a comparação entre investimentos isentos e não isentos de impostos, cuja diferença é equivalente à taxa de 133% do CDI, já mencionada para este mês

Na visão da especialista em Fiagros da Órama, Anna Clara Tenan, o diferencial comparativo vantajoso dessa modalidade de fundos deverá continuar na mira do investidor, ao menos, até o fim do primeiro semestre de 2023 (1S23).

Como argumento para essa possibilidade efetiva, ela explica que, apenas a indexação das carteiras ao CDI, já garantiria uma taxa de dividendos (dividend yeld) mensal de 1%. Caso se mantenha elevado o atual patamar de juros, como se espera, a vantagem continuaria a ser oferecida ao mercado.

Mesmo considerando o risco ‘latente’ de inadimplência, a especialista da Órama explica que o agronegócio é um setor com uma característica ‘defensiva’, acrescentando “ser importante que o investidor monitore a proximidade que os gestores dos Fiagros têm com os devedores”.

Ante um quadro de juros elevados, que tende a aumentar o risco de crédito das carteiras, Anna Clara recomenda “a alocação de recursos em fundos com empresas mais robustas, que consigam pagar esse custo de dívida”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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