Commodities
Paradas determinam recuo de 4,6% da produção de petróleo em novembro
Apesar dessa retração, a ANP observou avanço de 8,5% ante igual mês de 2021
Devido a paradas de produção ocorridas no mês, a produção total de petróleo e gás natural em novembro último alcançou 3,978 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) e de 140 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m³/d), o que, no primeiro caso, representou recuo de 4,6% em relação a outubro, mas alta de 8,5% para novembro de 2021 e, no segundo, recuo de 5,6% e avanço de 2,8%, pelos respectivos comparativos.
Em nota, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que “a queda na produção de petróleo e gás foi motivada, principalmente, por paradas de produção programadas e não programadas nos FPSOs Cidade de Ilha Bela, Cidade de Caraguatatuba e Cidade de Mangaratiba, localizados no Pré-Sal”.
Como esclarecimento, explica-se que FPSO (é Floating Productions Storage and Offloading, na sigla em inglês) é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, em forma de navio cisterna, utilizado pela indústria petrolífera para a exploração, armazenamento petróleo e/ou gás natural e escoamento da produção.
No caso do pré-sal, a autarquia revelou que a produção da região somou 2,964 milhões de boe/d, o equivalente a 74,5% da produção nacional. Segundo a ANP, em seus 129 poços, a produção chegou a 2,327 milhões de boe/d de petróleo e 101,35 milhões de m³/d de gás natural ou recuo de 5,7% para outubro e elevação de 9,2% para novembro do ano passado.
Em outra projeção, a ANP assinala que o percentual de aproveitamento do gás natural em novembro atingiu 97,4%, com disponibilização ao mercado de 50,3 milhões de m³/d e a queima de 3,65 milhões de m³/d. “Houve aumento na queima de 25,6% em relação ao mês anterior (devido ao comissionamento do FPSO Guanabara e à parada programada da FPSO Cidade de Ilha Bela) e redução de 3,6% na comparação com novembro de 2021”, emendou a agência.
No que se refere a campos e instalações, os campos marítimos responderam pela produção de 97,6% do petróleo e 84,7% do gás natural, com destaque para o fato de que, somente nos campos operados pela Petrobras (só pela petroleira ou mediante consórcio, a produção correspondeu a 91,61% do total produzido. Neste aspecto, o maior produtor em novembro foi o campo de Tupi (pré-sal da Bacia de Santos) que teve uma produção de 812,49 mil boe/d de petróleo e 38,38 milhões de m³/d de gás natural.
Por instalações, liderou o ranking produtivo a FPSO Carioca (Mv-30), que respondeu por uma produção de 173,746 mil boe/d nos campos de Sépia, Sépia Leste e Sépia Eco, ao passo que a maior produção de gás natural coube à FPSO Guanabara, que produziu 9,24 milhões de m³/d de gás natural, na jazida compartilhada do campo de Mero.
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