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Economia

Parceiros comerciais da China se posicionam contra testes de coronavírus em alimentos

China afirma que há risco de reingresso do vírus no país por meio de produtos alimentícios, apesar de indicações contrárias da OMS.

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Importantes nações produtoras de alimentos estão cada vez mais irritadas com a inspeção da China em produtos importados e estão pedindo para que o país pare com a testes agressivos de detecção de coronavírus, o que alguns já apontam como sendo uma restrição comercial.

A China diz que encontrou o vírus em embalagens de produtos de 20 países, dentre os quais está a carne de porco alemã, a carne bovina brasileira e o pescado indiano. Por outro lado, funcionários estrangeiros afirmam que a falta de provas das autoridades está afetando o comércio e prejudicando a reputação dos alimentos importados sem nenhuma razão.

No início de novembro, em uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Canadá chamou as verificações chinesas de alimentos importados e a rejeição de produtos que tiveram exames de ácido nucleico positivos de “restrições comerciais injustificadas” e solicitou ao país asiático que dê fim a elas, disse uma autoridade comercial radicada em Genebra com conhecimento sobre a reunião.

A autoridade disse ainda que o Canadá argumentou que a China não deu uma justificativa científica para as ações, e que Austrália, Brasil, México, Reino Unido e Estados Unidos apoiaram a posição dos canadenses.

Desde então, a China só fez intensificar os exames de alimentos importados.

O Global Times, tabloide apoiado pelo Partido Comunista governista chinês, insinuou nesta semana que a presença do novo coronavírus em alimentos importados levantou a possibilidade de o vírus, que muitos acreditam ter surgido na cidade chinesa central de Wuhan no final de 2019, ter sido trazido do exterior.

Em junho, em meio a infecções entre trabalhadores de um mercado atacadista de alimentos da capital, a China começou a inspecionar alimentos importados resfriados e congelados para detectar a presença do vírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que alimentos e embalagens não são meios de transmissão conhecidos do vírus.

Já os chineses, que praticamente erradicaram a transmissão local da doença, afirmam que existe o risco de reingresso no país por meio de produtos alimentícios.

Os pedidos dos produtores vem depois de meses de frustração crescente com a forma como as autoridades alfandegárias e sanitárias vêm aumentando a checagem de importações, enquanto parceiros comerciais argumentam que a prática não está de acordo com as normas globais.

A missão canadense na OMC em Genebra ainda não retornou a um pedido para falar sobre o tema.

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