Política
PEC do Benefícios promove projeção de estabilidade do mercado varejista
Benefícios sociais turbinados distribuídos pelo Governo Federal em agosto até dezembro deste ano, estabilizam projeção alta do varejo em 2022.
Benefícios sociais turbinados distribuídos pelo Governo Federal em agosto até dezembro neste ano, estabilizam projeção alta do varejo em 2022. Especialistas e economistas, na quarta feira passada (17/08), cogitaram a possibilidade de efetuar revisões sobre as projeções para o setor. Mas recuaram, ao menos por enquanto, com as atuais estimativas do varejo.
Leia mais: PEC Kamikaze; economia tenta barrar inclusão de novos benefícios
Existem alguns fatores que justificam essa estabilidade, o principal deles é a larga distribuição dos programas sociais do Governo, que foi sancionada na PEC dos Benefícios na segunda metade de Julho.
O Projeto de Emenda Constitucional declarou estado de emergência por conta da guerra da Ucrânia com a Rússia, para romper o teto de gastos e aumentar o Auxílio Brasil, Vale- Gás, bem como implementar outros projetos como o Bem-Taxista e o Auxílio Caminhoneiro.
“A massa de renda real disponível às famílias deverá permanecer em patamares elevados nos próximos meses, tendo em vista os estímulos fiscais adicionais trazidos pela emenda EC 123/22 [do benefício social]”, diz em relatório Rodolfo Margato, economista da XP.
Todo esse investimento está previsto somente até dezembro deste ano, após o término do processo eleitoral do país, mas os repasses geram impactos positivos na economia, já que o montante deverá ser revertido de volta, movimentando a economia.
Além disso, as previsões de uma gradual desaceleração da inflação, como consequência da política de elevação da taxa Selic, também é um ponto relevante nesse cenário.
Por enquanto, não há indícios de desaceleração dos setores do varejo e mercadistas. Em julho, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimou o aumento de 2% no volume de vendas do varejo e essa expectativa permanece estável para os próximos meses.
“Com as empresas divulgando números preliminares para o desempenho de vendas de julho e os dados de inflação diminuindo, parece improvável que o consumo desacelere nos próximos meses”, escreveu a equipe de análise do Credit Suisse, liderada por Pedro Hajnal.
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