Prepare-se para a bolha de calor: fenômeno climático eleva temperaturas no Brasil

A semana que se encerra no domingo, 19 de janeiro, será marcada por temperaturas elevadas em várias regiões do Brasil. Fenômenos conhecidos como bolhas de calor devem se instalar no Sul, Centro-Oeste e Sudeste, influenciando diretamente o clima.

Segundo o MetSul, áreas como Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo enfrentarão tardes intensamente quentes, principalmente no oeste desses estados.

Esse aumento de temperatura não ocorre de forma isolada. Conforme o site especializado em meteorologia, a previsão para Porto Alegre e outras localidades gaúchas é de temperaturas que podem ultrapassar os 38°C nos próximos dias.

Esse cenário já é conhecido por climatologistas e tende a gerar impactos significativos, como maior consumo de energia e aumento de temporais isolados.

O que é uma bolha de calor?

Também chamado de “domo de calor”, esse fenômeno acontece quando uma área de alta pressão atmosférica se instala, impedindo a circulação de massas de ar mais frescas e criando uma espécie de tampa sobre uma região. Isso intensifica o calor, elevando as temperaturas de maneira anormal.

Entre os dias 15 e 19 de janeiro, essa bolha de calor se concentrará entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil. “As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor.

À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão, combinado com o céu claro ou de poucas nuvens, aquece ainda mais o solo,” explica o MetSul.

Impactos esperados e alertas

Regiões como o Oeste do Rio Grande do Sul e partes do Mato Grosso do Sul poderão registrar máximas próximas a 40°C, principalmente durante as tardes. O calor extremo também aumenta a formação de tempestades isoladas no período entre o final do dia e o início da noite.

Será uma situação parecida com a que se viu na virada do ano, com o calor formando células isoladas de tempestades que, isoladamente, provocam temporais, alguns fortes e com danos.

“Não se trata de uma situação de tempo severo generalizada”, destaca o MetSul.

É comum que, durante períodos de calor extremo, a população enfrente sinais de cansaço extremo e desidratação.

Além disso, interrupções no fornecimento de energia também tendem a ocorrer com mais frequência, devido ao aumento da demanda por eletricidade.