Perigo oculto: Milhares de smartphones Android saem da fábrica infectados por vírus!

Notícia preocupante para os usuários dos smartphones fabricados pelo Android, principalmente os modelos mais baratos vendidos na China. De acordo com um comunicado, uma grande parcela de itens saiu da fábrica infectada por um vírus.

O foco desse programa malicioso seria roubar códigos e credenciais de verificação, que geralmente são enviados por SMS. Dessa forma, é possível coletar informações importantes do proprietário do aparelho, que inclusive podem ser usadas para crimes maiores.

Tal aviso foi veiculado por uma empresa especializada em cibersegurança, chamada Trend Micro e, segundo os especialistas da companhia, ao menos 10 fabricantes chinesas estariam envolvidas neste problema.

O relatório de início aponta cerca de 40 marcas, enquanto os próprios cibercriminosos divulgaram que mais de 8,9 milhões de celulares seriam o lar de programas mal-intencionados.

Por sorte, a maioria dos itens pertence a pessoas que vivem na Ásia ou Leste Europeu, mas aqui no Brasil nós também precisamos estar atentos. Afinal, é cada vez mais preocupante o crescimento desse tipo de crime no território nacional. Até o momento, a lista das organizações suspeitas não foi divulgada.

Como a informação veio a público?

A revelação ocorreu durante um evento de cibersegurança chamado Black Hat Asia, que ocorreu na ilha de Singapura durante a última semana e causou bastante repercussão.

Na ocasião, o pesquisador sênior da Trend Micro, Fyodor Yarochin, chegou a comparar o caso com um vegetal absorvendo contaminação do solo, bem como os reflexos da poluição seriam sentidos em todas as suas estruturas.

Na opinião do especialista,

“atacar celulares diretamente na fabricação é a forma mais simples de garantir que milhões deles estejam comprometidos.”

Yarochin foi mais longe ainda, dizendo que as campanhas contendo relatos semelhantes, na verdade, estão associadas à competição no setor de firmwares.

Para ele, o fato dos desenvolvedores se verem impedidos de cobrar pelas suas criações tornou os processos de homologação mais frágeis e, consequentemente, mais vulneráveis a ação de hackers demais quadrilhas de cibercriminosos.

A saída para evitar esse tipo de situação, seria optar sempre por grandes fabricantes, aqueles mais reconhecidos. Afinal, as marcas maiores geralmente são também mais rigorosas quanto a protocolos de segurança, fornecedores de insumos e demais proteções necessárias para um aparato tecnológico importante como um celular.