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Perspectivas para safra de trigo e plantio de milho na Argentina melhoram com a chegada de chuvas

Chuvas devem conter o agravamento e estancar as perdas de área e produtividade do trigo.

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A safra de trigo argentina, afetada por uma seca, recebeu um novo ânimo das chuvas dos últimos dez dias, melhorando as expectativas para o plantio de milho no final deste mês, quando são esperadas chuvas de primavera no hemisfério sul, apontou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).

A primavera tem início em 21 de setembro, e costuma ser chuvosa nesta parte da América do Sul assim como o outono. Contudo, com um outono seco, o cenário esperado é de uma temporada de baixa umidade para o trigo.

“Essa reativação de frentes de tempestade alivia significativamente o estresse hídrico que afetava grande parte do centro da região agrícola nacional”, afirmou Esteban Copati, chefe de Estimativas Agrícolas da BCBA.

“Isso reduz o risco para o trigo e também é fundamental para o plantio precoce de milho.”

Já foram plantados 6,5 milhões de hectares de trigo no país, a serem colhidos em dezembro e janeiro, de acordo com a BCBA. O órgão reduziu sua estimativa inicial de 6,8 milhões de hectares no início desta safra devido à seca.

“As chuvas chegaram bem a tempo de conter o agravamento e estancar as perdas de área e produtividade do trigo”, explicou  o chefe de Estimativas Agrícolas.

A Argentina produziu 18,8 milhões de toneladas de trigo na safra passada, em uma área de plantio de 6,6 milhões de hectares, de acordo com informações da bolsa.

O país também responde pelo terceiro lugar de maior exportador de milho mundial.

“Com esta chuva, podemos plantar milho em uma semana, quando as temperaturas subirem um pouco”, disse um agricultor de Rojas, Santiago del Solar.

Contudo, algumas áreas ainda precisam de chuvas, lembrou Germán Heinzenknecht, meteorologista da Consultoria de Climatologia Aplicada (CCA).

“A situação é difícil para a floração do trigo em Córdoba e oeste de Santa Fé, com certeza não atingirão seu potencial produtivo”, alertou.

“As primeiras semeaduras de milho neste setor por enquanto ainda são arriscadas, precisam de mais chuvas.”

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