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Finanças

Péssima notícia para quem vai financiar imóvel: novas regras da Caixa elevam a entrada

Novas regras da Caixa reduzem o percentual financiado de imóveis e aumentam a entrada; entenda as mudanças no crédito imobiliário.

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Conquistar a casa própria é um dos maiores objetivos dos brasileiros, mas o cenário atual tem dificultado esse sonho. Com as novas regras de financiamento imobiliário implementadas pela Caixa Econômica Federal, as condições de crédito estão mais restritas, exigindo um esforço financeiro maior dos compradores.

Desde novembro, o banco passou a financiar apenas 70% do valor do imóvel no Sistema de Amortização Constante (SAC). Na prática, isso significa que os compradores precisam desembolsar uma entrada maior, já que o percentual anterior era de 80%.

Para quem escolhe a Tabela Price, a mudança é ainda mais significativa: o limite de financiamento caiu de 70% para 50% do valor do imóvel. Além disso, o preço máximo do imóvel financiado passou a ser de R$ 1,5 milhão, e o comprador não pode ter outro financiamento ativo na instituição.

A medida busca equilibrar o crédito imobiliário em meio à fuga de investimentos da caderneta de poupança, principal fonte de recursos para esse tipo de financiamento.

Crédito mais caro e menos liquidez

crédito
Planejamento financeiro e novas regras de financiamento impactam o sonho da casa própria no Brasil. (Foto: kanchanachitkhamma/Canva Pro)

O aumento das taxas de juros, aliado à menor liquidez dos investimentos tradicionais, tem afetado diretamente o custo do crédito imobiliário. Dados do setor apontam que a queda nos depósitos da poupança e a redução nos prazos das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) têm pressionado o mercado.

Com menos recursos disponíveis, os bancos precisaram ajustar suas políticas para manter a sustentabilidade dos financiamentos a médio e longo prazo.

Essas mudanças têm impacto direto na classe média, que depende de condições mais favoráveis de crédito para adquirir um imóvel. Com entradas maiores e prazos menos flexíveis, muitas famílias precisarão adiar ou reavaliar seus planos de financiamento.

Além disso, a alta da Selic, atualmente em 12,25% ao ano, reflete diretamente nas taxas de financiamento imobiliário. Isso torna os contratos mais caros, especialmente no longo prazo, e compromete o orçamento dos compradores.

Sonho da casa própria em tempos de desafios

Dados do mercado imobiliário mostram que, apesar de aquecido, o setor está menos acessível para quem deseja financiar.

A entrada mais alta, somada aos juros elevados e à redução no percentual financiado, pode aumentar o déficit habitacional, principalmente entre famílias de renda média.

Diante desse cenário, o planejamento financeiro se torna fundamental. Entender as condições de crédito, calcular o custo da entrada e considerar alternativas são passos essenciais para quem não quer abrir mão da conquista da casa própria.

*Com informações do InfoMoney.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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