Petrobras abre licitação para retomar obras no antigo Comperj, em Itaboraí

A Petrobras (PETR3; PETR4) abriu um processo de licitação para retomar as obras de construção e conclusão de unidades no Polo GasLub, conhecido anteriormente como Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Localizado em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, esse projeto foi alvo de investigações da Operação Lava Jato e sofreu reduções durante administrações anteriores.

Segundo a Petrobras, as unidades em questão terão capacidade para produzir cerca de 12 mil barris por dia de óleos lubrificantes, além de 75 mil barris por dia de diesel S-10 e 20 mil barris por dia de querosene de aviação (QAV-1). Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, destacou que essa contratação marca a retomada do Polo GasLub, sendo um investimento de grande importância não apenas para a empresa, mas também para o Rio de Janeiro e o Brasil como um todo.

Estima-se a criação de até 10 mil empregos diretos e indiretos durante a execução das obras. O valor final do empreendimento dependerá do resultado da licitação. A retomada desse projeto está alinhada à estratégia da Petrobras de modernização do seu parque de refino, visando oferecer produtos avançados e de alto valor agregado ao mercado e à sociedade.

Petrobras (PETR3; PETR4)

Em outro comunicado, a companhia informou sobre um aumento de 2,8% no preço médio de venda do querosene de aviação (QAV) da empresa a partir de 1º de maio, representando um acréscimo aproximado de R$ 0,11 por litro.

De acordo com informações divulgadas pela estatal, no acumulado do ano, houve uma redução de 1,3% no preço médio do QAV, o que equivale a uma diminuição média de R$ 0,05 por litro em comparação com o preço praticado em dezembro de 2023.

Moody’s

A Moody’s emitiu um alerta sobre a Petrobras, indicando que a empresa pode enfrentar riscos adicionais de crédito se o governo optar por utilizá-la para compensar o déficit fiscal, controlar os preços dos combustíveis e conter a inflação.

Em seu relatório, a agência menciona uma série de medidas implementadas pela administração do presidente Lula, incluindo mudanças na política de distribuição de dividendos.

A Moody’s observa que a estatal possui mecanismos de governança que a protegem parcialmente de interferências externas. De acordo com a análise, as alterações no conselho executivo e nas estratégias de investimentos não tiveram um impacto substancial na qualidade de crédito.